Alckmin conta piada em evento em MG: 'Por que estrela não mia?'
Vice-presidente encerrou discurso em evento tentando aliviar o clima tenso criado com o governador Romeu Zema (Novo) e o ministro Alexandre Silveira (PSD)
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Siga noO vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) contou uma piada durante visita à fábrica da Stellantis, em Betim, na Grande BH, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (11/3). Apesar do clima tenso entre a gestão federal e o governador Romeu Zema (Novo), com troca de farpas e indiretas nos discursos, Alckmin tentou descontrair a plateia e os convidados.
Alckmin fez um trocadilho com o nome da fabricante de automóveis. Stellantis, vem do termo em latim stelo, que significa iluminar com as estrelas. “A Stellantis, essa campeã da produção, campeã do investimento, líder de mercado. Ela ilumina o desenvolvimento com sustentabilidade, eficiência energética, inovação e mobilidade verde”, disse.
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“Para encerrar, vamos descontrair. Como falamos de astro e de estrelas, faço uma pergunta: por que a estrela não mia? Porque astronomia”, gargalhou o vice-presidente.
Antes de Alckmin, Zema e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG) também discursaram no evento. O governador de Minas Gerais fez uma série de críticas ao seu antecessor, Fernando Pimentel (PT), a quem ele atribuiu a situação fiscal do estado e parte da dívida de R$ 165 bilhões com a União.
“Era um estado que não fazia os repasses do ICMS, do IPVA, da Educação, da Saúde. Um estado que não pagava a folha de pagamento, nem o 13º. Minas Gerais estava literalmente desmoronando”, disse o governador, lembrando da preocupação dos empresários na época.
No final do discurso, Zema lembrou a dívida de R$ 165 bilhões do estado com a União, afirmando ter boas expectativas para uma solução definitiva com o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). Segundo o governador, o débito dificulta a manutenção das estradas e da educação.
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“Espero que agora venhamos a ter uma correção dos juros que nós pagamos de uma dívida bilionária que já é de 30 anos ao Governo Federal. Estamos confiantes que finalmente vamos ter essa solução do problema na origem e não empurrar ele para frente como sempre aconteceu”, completou o governador.
Na sequência, Silveira afirmou que a dívida cresceu mais de 50% nos últimos anos, contrariando o que tem dito Zema. Segundo o ministro, a aprovação de Lula ao programa de refinanciamento “faz justiça com Minas Gerais.
“Ele (Lula) dá condições de Minas Gerais se restabelecer, tratando Minas como Minas sempre tratou o senhor, dando a vitória no estado em todas as eleições que o senhor disputou para poder governar o Brasil", disse o ministro.
No final, também houve uma troca de indiretas entre Zema e o presidente Lula. O governador chegou a dizer que tinha um dos menores secretariados do Brasil, apesar do estado ser o segundo mais populoso, em uma referência às críticas que são feitas pela direita ao número de ministérios do governo Lula.
O petista rebateu dizendo que o importante é “discutir a qualidade das pessoas” que atuam dentro do governo. “Eu não quero só um cara formado em filosofia, um cara formado em engenharia. Eu quero pessoas que tenham, antes de tudo, sensibilidade do coração para entender a sociedade brasileira, para saber como é que vivem as pessoas, como é que vivem as pessoas empregadas, como é que vive uma pessoa que está na rua”, frisou o chefe do Executivo.