Bolsonaro foi a figura mais ovacionada pelos apoiadores, que se apertavam contra os gradis de metal para tentar uma foto ou um toque. -  (crédito: Tulio Santos/EM/DAPRESS)

Bolsonaro foi a figura mais ovacionada pelos apoiadores, que se apertavam contra os gradis de metal para tentar uma foto ou um toque.

crédito: Tulio Santos/EM/DAPRESS

Café da manhã, almoço, motocarreata e comício. Esse foi o resumo da passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por Belo Horizonte, onde ele declarou apoio a Bruno Engler (PL), candidato no segundo turno contra o atual prefeito Fuad Noman (PSD). Focado em 2026, o ex-chefe do Planalto reafirmou sua candidatura à presidência e destacou a importância de eleger aliados estratégicos.

 

 

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Bolsonaro foi recebido por correligionários em Confins e, em seguida, seguiu para um café da manhã com Engler. Depois, participou de um almoço com aliados na Região da Pampulha. No local, a comitiva de Engler foi saudada por apoiadores que se concentravam em uma rua lateral, enquanto a praça mantinha seu movimento habitual de sábado. Logo depois, Bolsonaro e Engler partiram em carro aberto para a "motocarreata da vitória", que seguiu até a sede da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), no Centro.

 

 

No trajeto, o ex-presidente dividiu a carroceria de duas caminhonetes com Bruno Engler e os deputados federais Nikolas Ferreira (PL) e Domingos Sávio (PL), presidente do partido em Minas. Também estavam presentes a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) e os vereadores recém-eleitos Vile dos Santos (PL) e Pablo Almeida (PL).

 

 

 

Bolsonaro foi a figura mais ovacionada pelos apoiadores, que se apertavam contra os gradis de metal para tentar uma foto ou um toque. Engler acompanhou o ex-presidente em uma interação mais comedida com os militantes, enquanto Nikolas Ferreira, de forma discreta, também foi bastante assediado pelo público.

 

Chegando à Prefeitura, os apoiadores foram surpreendidos por uma regra que impedia o estacionamento do trio elétrico em frente ao prédio municipal. Por isso, o grupo se reuniu em um quarteirão próximo, em frente ao Parque Municipal. O local estava reservado por três quarteirões, apenas meio foi preenchido.

 

No local, discursaram o senador Cleitinho (Republicanos), que pediu votos para Engler, e Michelle Bolsonaro, que afirmou que o Brasil trocou um “galego de olhos azuis”, referindo-se a Bolsonaro, por um “pinguço”, em alusão a Lula (PT).

 

 

Em seguida, foi a vez de Nikolas Ferreira discursar.  "Se você passar por Belo Horizonte, vai ver uma cidade suja e mal cuidada, até porque o Bruno tem trabalhado para mudar essa realidade. Aqui, alguns dizem que o Bruno é ausente, mas quero deixar claro: quem é ausente é o Fuad Noman. Ausente está o Fuad, que nunca vi no centro da cidade. Essa sujeira, essa falta de cuidado com a cidade, essa ausência é do Fuad. Sabe onde mais ele está ausente? Na UPA, nas filas de hospitais lotados. Ausente está o Fuad na Guarda Municipal, que está desestruturada. Ausente também na segurança pública, que não existe aqui em Belo Horizonte. E, claro, ausente no transporte público, que é uma verdadeira porcaria."

 

O candidato

 

Em sua fala, Bruno Engler criticou o trânsito de Belo Horizonte e se apresentou como o candidato jovem disposto a mudar a capital. Se eleito, Engler será o prefeito mais jovem da história de BH, com 28 anos. "O que vemos hoje é um trânsito que não funciona. Belo Horizonte é a segunda pior capital para trafegar em horários de pico, e isso é o que queremos mudar. Quero montar o secretariado mais técnico da história de Belo Horizonte, assim como Bolsonaro fez com o ministério em seu governo. O que estamos vendo é uma falta de respeito com o cidadão. Já tivemos cinco secretários de Educação em dois anos."

 

Engler também fez questão de elogiar seu grupo político. "Sim, eu tenho um grupo político, como já foi mencionado, e me orgulho muito dele", declarou.

 

Bolsonaro

 

Após o comício, a coletiva de imprensa começou com tumulto. Uma apoiadora do ex-presidente chegou a insultar e agredir uma jornalista, sendo contida apenas por Bolsonaro, que pediu calma. Na entrevista, o ex-presidente falou sobre 2026 e criticou Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, com quem está impedido de se encontrar por determinação da Polícia Federal (PF). Segundo ele, a falta de comunicação com o presidente da legenda, o faz perdido em "narrativas". Enquanto Valdemar, diz uma coisa. Ele segue afirmando outra.

 

Bolsonaro reafirmou que essa eleição foi fruto de "convencimento". "O número de votos nos partidos de direita cresceu bastante. Elegemos dois prefeitos em capitais e estamos no segundo turno em nove delas, com grandes chances de vitória. Além disso, fizemos o maior número de vereadores nas capitais. Nosso partido veio para ficar, porque cumpre com suas promessas."

 

 

Sobre 2026, Bolsonaro garantiu sua candidatura e criticou sua inelegibilidade. "Estou inelegível por ter me reunido com embaixadores. Disseram que foi abuso de poder político porque ganhei votos com essa reunião. E ainda tem outro processo por abuso de poder econômico, por causa de um evento com carro de som do pastor Silas Malafaia. Não havia um centavo meu envolvido."

 

Bolsonaro também criticou o processo contra empresários como Luciano Hang. "Querem tornar alguns de nossos parlamentares e aliados inelegíveis, como Nikolas, meu filho Eduardo e Gustavo Gayer. Estão com medo da gente, mas não podem ter medo do povo brasileiro."