Pedro Rousseff foi o vereador mais votado do PT em Belo Horizonte.  -  (crédito: JAIR AMARAL/EM/DAPRESS)

Pedro Rousseff foi o vereador mais votado do PT em Belo Horizonte.

crédito: JAIR AMARAL/EM/DAPRESS

Pedro Rousseff, vereador eleito pelo PT, apresentou duas razões para o fraco desempenho de Rogério Correia (PT) nas eleições para a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Segundo ele, a divisão interna no partido e o que chamou de “munição” dada aos bolsonaristas foram os fatores que resultaram nos 4,3% de votos recebidos pelo petista.

 

Rousseff fez essas declarações durante o programa EM Entrevista, uma parceria entre o jornal Estado de Minas e o portal Uai. O vereador, sexto mais votado para a Câmara Municipal, recebeu 17.595 votos nas eleições de 2024.

 

“O primeiro ponto é o discurso identitário, que, embora seja uma pauta importante, acabou gerando um ataque intenso da direita. Com isso, nós fornecemos munição para os bolsonaristas. E esse discurso nem é genuinamente brasileiro, nem do PT. O que o partido precisa é voltar às suas raízes, focar no que sempre nos moveu: colocar comida na mesa das pessoas, garantir emprego, renda, moradia, cuidar do meio ambiente e das praças”, afirmou Rousseff.

 

“Não podemos nos limitar a falar apenas de pautas identitárias. O PT precisa retomar aquilo que nos fez eleger Lula e Dilma.”

 

 

 

Rousseff também comentou sobre a divisão dentro do PT em Minas Gerais, onde dois grupos disputam espaço: um liderado pelo deputado federal Reginaldo Lopes e outro pela tesoureira Gleide Andrade. Embora se diga fora de qualquer facção, o vereador destacou que a fragmentação e a falta de renovação estão enfraquecendo o partido.


“Isso passa também pela necessidade de renovação partidária. O PT e a esquerda possuem quadros fundamentais, pessoas que ajudaram a criar o partido e o país, como Lula e Dilma. Mas, com a passagem do tempo, essas lideranças estão se afastando, e é preciso renovar. Precisamos dar espaço a novas lideranças, que entendam as redes sociais e tenham energia para enfrentar os desafios”, completou.

 

Para Rousseff, o partido precisa de uma estratégia mais eficiente para enfrentar o bolsonarismo. “Precisamos de mais potência nas nossas armas. Veja o exemplo de Contagem, onde a prefeita Marília Campos foi reeleita com um discurso sólido, centrado em trabalho e renda.”

 

Quando questionado sobre a sua posição na disputa interna, Rousseff foi categórico: “Eu sou do grupo da Dilma. O meu grupo é o grupo de Dilma Rousseff. Tenho simpatia por outros grupos, mas não faço parte deles. Nem do Reginaldo, nem do Rogério. Ambos são deputados exemplares, mas o meu grupo é o da Dilma”, sacramentou.

 

Pedro Rousseff foi o vereador mais votado do PT em Belo Horizonte. Para assistir à entrevista completa, acesse o canal do YouTube do Portal Uai. Amanhã, sexta-feira (17/10), a versão impressa do Estado de Minas trará os principais destaques da sabatina.

 

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