Ambientes que ensinam: o valor dos espaços na formação de crianças e jovens
Escolas com espaços abertos e integração com a natureza oferecem experiências educativas que vão além da matérias escolares
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Siga noEm meio a tantas escolas que investem em estruturas imponentes e ambientes padronizados, algumas instituições optam por um caminho mais conectado às reais necessidades do desenvolvimento infantil: a aprendizagem em diálogo com a natureza. Em Belo Horizonte, uma escola aos pés da Serra do Curral, no bairro Mangabeiras, se destaca justamente por aliar esse diferencial ao compromisso com a formação integral dos alunos.
Com 9.000?m² de área total, sendo 4.000?m² de espaços abertos, a Escola Balão Vermelho construiu, ao longo dos últimos 50 anos, sua identidade pedagógica sobre a integração entre natureza, arquitetura e ensino.
“Nosso espaço é pensado para ampliar o repertório sensorial e emocional dos estudantes. O aprendizado acontece em interação com o espaço, com os pés na terra,o corpo em movimento e com o olhar curioso diante da natureza”, afirma Simone Gomes, diretora da instituição.
Ensino ao ar livre: a natureza como aliada na formação infantil
A relação entre o ambiente e o aprendizado é defendida por educadores e pesquisadores como Richard Louv, autor do conceito “Transtorno do Déficit de Natureza”, que alerta para os impactos do afastamento do mundo natural. Na contramão desse cenário, a Escola Balão Vermelho aposta em espaços que acolhem, instigam e convidam à descoberta. “Cada canto da nossa escola tem uma função formativa. A criança aprende ao observar o caminho das formigas, colhendo folhas ou buscando equilíbrio sobre uma pedra”, explica Simone Gomes, diretora da instituição.
A proposta construtivista se traduz em ambientes como o Pátio das Pedras, amplo e ao ar livre, favorecendo as brincadeiras, a socialização e promovendo o convívio entre diferentes faixas etárias. Na Educação Infantil, o Pátio das Cores e o Pátio dos Pássaros acolhem as crianças em ambientes que fortalecem os vínculos afetivos e incentivam a convivência, a curiosidade, a imaginação e o brincar com materiais não estruturados.
A escola também conta com quadras cobertas e abertas, quiosques, arvorismo e acesso direto ao Parque das Mangabeiras. “Ambientes que se assemelham a shoppings dificultam o contato com o real e limitam o desenvolvimento da criatividade e da imaginação. A criança precisa de vento, sombra, pedras, árvores. Precisa do mundo vivo para aprender com sentido”, observa Simone.
As experiências propostas vão desde jogos simbólicos e pesquisas de campo a projetos como o “Brincar com, e na natureza”, que exploram elementos como sementes, gravetos, sombra e luz como linguagem de aprendizagem.
Em tempos de verticalização e fachadas grandiosas, é importante pensar: qual é o espaço que verdadeiramente educa?
Para saber mais sobre a instituição de ensino Balão Vermelho e sua proposta pedagógica acesse: balaovermelho.com.br