Para onde vai o dinheiro de BH em 2026? Câmara Municipal discute orçamento
Vereadores analisam prioridades, ajustam metas e garantem que o dinheiro público atenda as necessidades da cidade de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentária
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Siga noEm Belo Horizonte, a construção de um futuro mais justo, equilibrado e eficiente começa muito antes da execução das obras, da contratação de novos profissionais da saúde ou da abertura de vagas na educação. Tudo começa com o planejamento responsável do orçamento municipal e, para 2026, esse trabalho já está em curso na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
A elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é uma das etapas mais estratégicas da gestão pública. Cabe aos vereadores analisar com atenção cada diretriz que vai orientar os investimentos e gastos da prefeitura no próximo ano. Essa análise técnica e política tem como objetivo principal garantir que os recursos do município sejam aplicados com justiça social, equilíbrio fiscal e atenção às reais necessidades da população.
O que é a LDO e por que ela é fundamental?
A LDO, sigla para Lei de Diretrizes Orçamentárias, estabelece as bases para o orçamento do ano seguinte. Ela define quais serão as prioridades do município, como os recursos vão ser distribuídos entre as áreas e de que forma a aplicação desse dinheiro será monitorada.
Na prática, a LDO funciona como um mapa, ela aponta o caminho que o poder público deve seguir para atender a população de maneira transparente e eficiente, respeitando os limites legais e os compromissos assumidos pelo governo.
Em 2026, essa lei vai ser essencial para direcionar os investimentos em áreas como saúde, educação, mobilidade urbana, assistência social, infraestrutura, meio ambiente e segurança pública. Cabe à Câmara municipal analisar, discutir, propor ajustes e aprovar o projeto enviado pela prefeitura, zelando pela coerência entre as prioridades definidas, a viabilidade financeira e o bem-estar da cidade.
Por dentro do processo: como a LDO se transforma em ação
A LDO faz parte de um ciclo de planejamento composto por três grandes peças orçamentárias:
- Plano Plurianual (PPA): estabelece diretrizes e metas para um período de quatro anos;
- Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): define prioridades e metas para o ano seguinte, com base no PPA;
- Lei Orçamentária Anual (LOA): estipula exatamente quanto vai ser investido em cada área, com base nas diretrizes da LDO.
Com a LDO aprovada, a prefeitura tem um norte para montar o orçamento anual, que também vai passar pela análise da Câmara.
Durante esse processo, a Câmara pode propor emendas, ou seja, modificações no texto original, que aprimorem o planejamento apresentado. Essas alterações são feitas com base em estudos, indicadores, histórico de execução orçamentária e, também, nas demandas da sociedade que chegam por meio dos gabinetes parlamentares e dos canais oficiais da CMBH.
A atuação da Câmara é essencial para impedir distorções, evitar desperdícios e ampliar a transparência sobre os recursos públicos, além de reforçar seu compromisso com a transparência.
As reuniões sobre a LDO são abertas ao público, transmitidas em tempo real pelo site da instituição e documentadas em atas, relatórios e pareceres acessíveis a todos os cidadãos. Essa abertura permite que qualquer morador de Belo Horizonte acompanhe como estão sendo definidas as metas e prioridades para o próximo ano desde a análise inicial do texto até a aprovação final em plenário. É uma maneira de garantir que o processo ocorra à luz do dia, com seriedade, clareza e responsabilidade institucional.
Demandas da população são ouvidas e consideradas
Embora a responsabilidade técnica do orçamento caiba aos órgãos públicos, a escuta da população é uma etapa relevante para a construção de uma cidade mais inclusiva. Entre os dias 2 e 5 de junho, a Câmara Municipal recebeu 224 sugestões populares para a LDO de 2026, vindas de todas as regiões da capital.
As propostas contemplaram temas como reforma de escolas, ampliação de linhas de ônibus, obras contra enchentes, construção de unidades de saúde e outras demandas estruturais. A partir de agora, essas sugestões estão sendo analisadas pelos vereadores e podem se transformar em emendas ao projeto da LDO ou em indicações ao Executivo.
Acompanhe e entenda para onde vai o dinheiro da cidade
Mesmo com o fim do prazo para envio de sugestões, a tramitação da LDO 2026 continua na Câmara. Os vereadores seguem debatendo em comissões e sessões plenárias, e qualquer cidadão pode acompanhar esse processo pelo portal cmbh.mg.gov.br.
Também é possível entrar em contato com os gabinetes parlamentares para indicar demandas e acompanhar como elas estão sendo tratadas. A interlocução com o Legislativo é um direito do cidadão e um dever do parlamento.