Viadutos de BH: mobilidade e memória
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“Construído em 1929, o viaduto de Santa Tereza acompanhou incólume o crescimento de BH. Com seus arcos opulentos, tem passagem em diversos aspectos na obra de Fernando Sabino ‘O encontro marcado ‘, romance que retrata a sociedade mineira nas décadas de1940 e 1950. Hoje, Belo Horizonte tem diversos viadutos, sendo sua maioria construída recentemente. Se não tão românticos quanto o de Santa Tereza, os novos elevados são importantíssimos para a mobilidade da capital mineira, sendo que diversos escritores dão nomes a essas construções, somente para ficar no campo literário: Carlos Drummond de Andrade, Murilo Rubião, Pedro Nava, Abgar Renault, Paulo Mendes Campos, França Júnior, Aníbal Machado, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, Guimarães Rosa, Roberto Drummond. Nas lembranças dos elevados, também a tragédia de 2014, quando a queda do viaduto nomeado Batalha dos Guararapes matou duas pessoas e feriu 23, além do desnível de 2,5 centímetros constatado, em 2015, no Viaduto Gil Nogueira, localizado na Avenida Portugal. Pois bem, tudo isso dito, somente para se chegar às luminárias estilo republicano do Viaduto Santa Tereza, que passarão por período de revitalização e pintura, e foram notícia no Estado de Minas, ‘Uma nova luz sobre os arcos do Santa Tereza’ (Gerais 1/11) , devido à importância arquitetônica, cultural, e, principalmente, segurança para os passantes da capital mineira. Diz a reportagem: ‘ O projeto busca a preservação da vida útil dessas peças históricas, além de um funcionamento adequado da iluminação. Os postes de ferro fundido já passaram por processos de restauração em outras ocasiões, a última delas em 2019. As estruturas continuarão pintadas na cor vermelha como na composição original’. Enquanto aguarda as luminárias renovadas, o Viaduto Santa Tereza continua lá, símbolo da capital, rumo ao centenário e saudado desde a época de uma Belo Horizonte pacata e sem a correria dos tempos atuais.”
Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte