Cláudio Castro é aplaudido em missa após megaoperação no Rio
Cerimônia do Dia de Finados ocorreu em meio a críticas e apoio popular à megaoperação que resultou em mais de uma centena de mortes em comunidades
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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), foi recebido com aplausos de pé durante uma missa de Finados, neste domingo (2/11), na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense. O gesto de apoio ocorre cinco dias após a operação policial que resultou em 121 mortes nos complexos da Penha e do Alemão.
Durante a cerimônia, o padre responsável pela celebração prestou homenagens aos quatro policiais mortos no confronto e dirigiu palavras de conforto às famílias das vítimas. “Nós perdemos quatro policiais, e outros estão hospitalizados. Também vamos rezar pela nossa corporação. Não é fácil ser policial militar ou civil em nenhuma parte do mundo, ainda mais no Rio de Janeiro, com tantos desafios”, afirmou o sacerdote.
Ele também pediu orações pelas “pessoas boas e honestas que moram nas favelas”, destacando o impacto da violência sobre as comunidades.
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A presença de Castro na missa ocorre em um momento de forte debate público sobre a atuação das forças de segurança do estado. Enquanto entidades de direitos humanos criticam a letalidade da operação, parte da população fluminense manifestou apoio à ação.
Uma pesquisa Genial/Quaest, divulgada no sábado (1º/11), mostra que 64% dos moradores do Rio aprovam a megaoperação realizada na última terça-feira (28/11), enquanto 27% desaprovam.
Segundo o levantamento, realizado entre os dias 30 e 31 de outubro com 1,5 mil entrevistados em todo o estado, 6% dos ouvidos disseram não aprovar nem desaprovar a ação, e 3% não souberam ou não quiseram responder. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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A missa deste domingo marcou a primeira aparição pública do governador após a operação. Frequentador assíduo da paróquia com a família, Castro manteve o tom de serenidade durante o evento, mas foi recebido com demonstrações de apoio dos fiéis, um gesto simbólico num momento em que a política de segurança do estado volta a ocupar o centro das atenções nacionais.