RIO DE JANEIRO

Morador grava vídeo de tiroteio no Rio e relata medo: 'um horror'

Residente da Vila da Penha, que foi palco da operação policial mais letal da história, com 64 mortos, passou o dia trancado em casa

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Um dia de medo, revolta e impotência. Assim, um morador da Vila da Penha, no Rio de Janeiro, passou esta terça-feira (28/10), enquanto a própria comunidade e as vizinhas, localizadas no Complexo do Alemão, eram alvo de uma megaoperação policial, que deixou 64 pessoas mortas. O homem, que conversou com o Estado de Minas em condição de anonimato, gravou um vídeo da janela de casa, que mostra alvos em chamas e um tiroteio com balas traçantes.

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"Acordei para trabalhar por volta de 4h e já tinham avisado que iria ter operação; mal coloquei os pés fora de casa e começou o tiroteio", relata o morador. Diante do intenso confronto entre forças policiais e criminosos, ele não teve alternativa a não ser voltar e passar o dia todo em casa.

"Foi o dia todo de tiroteio constante. Parou tudo: metrô, ônibus, a Av. Brasil toda parada", conta o homem. Ele pontua que reside na Vila da Penha há cerca de 8 anos e vivenciou outras operações, mas que a violência registrada na comunidade nesta sexta-feira foi descomunal. "Nunca vi nada igual", afirma. "Foi um horror", complementa. 

Revolta

De acordo com o morador, entre os baleados durante o tiroteio, estão pessoas de bem, sem envolvimento com o crime organizado. "Teve gente que foi atingida dentro de casa", lamenta. "Muitos trabalhadores ficaram no meio dessa situação", acrescenta. A consequência a essa situação é um sentimento de indignação. "A comunidade está revoltada", sintetiza.

Apesar de os tiroteios mais intensos terem ocorrido durante o período da manhã, a situação na Vila da Penha, de acordo com o homem, ainda é tensa, com forte presença policial. Ele diz não acreditar que a quarta-feira (29/10) será de normalidade. "Vai continuar tudo fechado, e as pessoas dentro de casa", prevê. 

Operação mais letal da história do Rio

O número de 64 pessoas mortas durante a operação é o maior já registrado em uma ação policial no estado do Rio de Janeiro. Do total de vítimas, quatro são policiais. O balanço registra ainda 81 presos, 72 fuzis apreendidos e grande quantidade de drogas ainda em contabilização.

Ao todo, 2,5 mil policiais civis e militares foram mobilizados em ações nos complexos do Alemão e da Penha. O objetivo, de acordo com o governo do Estado, era capturar lideranças criminosas e conter a expansão territorial do Comando Vermelho. 

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Em retaliação, os criminosos usaram ônibus sequestrados como barricadas e ordenaram o fechamento do comércio em diversas áreas da cidade, causando medo e transtornos para moradores de praticamente toda a capital fluminense. (Com Agência Brasil)

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