ASSASSINATO

Ex-delegado foi morto em Praia Grande minutos após deixar o trabalho; veja passo a passo

Bandidos de tocaia esperaram na esquina e dispararam quando carro do ex-delegado passou

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Entre a tocaia dos criminosos e o ataque que matou o ex-delegado-geral de SP Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande, assassinado na noite de segunda-feira (15), passaram-se apenas 15 minutos. O policial foi alvo de emboscada, perseguido e morto após sair do trabalho na prefeitura, onde era secretário de Administração desde janeiro de 2023.

A perseguição começou após a saída dele da prefeitura, num dia em que ele terminou o expediente mais cedo. O carro foi alvo de disparos perto da prefeitura, o que deu início à perseguição.

Ruy era considerado um dos maiores especialistas do país no PCC (Primeiro Comando da Capital), tendo sido responsável por investigar e expor a estrutura da organização.

Ao chegar ao cruzamento da rua 1º de Janeiro com a avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas, o policial aposentado bateu o carro, um Fiat Argo, contra dois ônibus, e o veículo tombou. Em seguida, criminosos desceram de uma Toyota Hilux e dispararam contra o carro de Ruy, que morreu no local.

O veículo foi atingido por 29 tiros. Outras duas pessoas ficaram feridas na perseguição -um homem e uma mulher disseram que estavam na frente da casa de familiares quando foram atingidos pelos disparos, segundo o boletim de ocorrência.

O ex-delegado-geral não estava com o carro blindado que, segundo pessoas próximas, usava apenas quando ia à capital. Ele também não tinha mais direito a escolta armada do Estado, por estar aposentado.

Também não chegou a se defender dos criminosos. A arma dele, segundo o registro de ocorrência do caso, uma pistola 9 milímetros, foi encontrada em uma bolsa junto com outros itens pessoais.

De acordo com Artur Dian, atual chefe da Polícia Civil de SP, os atiradores usaram táticas e técnicas apuradas para o crime. "Então a gente não pode descartar nada sobre o crime organizado ter participado."

Veja a seguir passo a passo do ataque.

TOCAIA

Um veículo Toyota Hilux estaciona na rua Arnaldo Vitulli às 18h02, rua de mão única que cruza com a 1º de Janeiro. O carro permanece no local, perto do prédio da secretaria de Educação do município, enquanto anoitece.

PRIMEIROS DISPAROS

Após deixar o expediente, Ruy, que dirigia um Fiat Argo, entra na rua 1º de Janeiro pouco depois das 18h16. Os suspeitos disparam assim que o carro dele passa pela Hilux. A perseguição começa, e oito dos tiros disparados pelos criminosos nesse momento atingem o portão da secretaria de Educação. Agentes da Guarda Civil Municipal de Praia Grande disseram ter achado vestígios de pólvora perto do prédio.

Durante este primeiro ataque, duas pessoas que estavam em frente à casa de familiares foram feridas pelos disparos.

BATIDA NOS ÔNIBUS

Tentando escapar dos algozes, Ruy segue pela rua 1º de Janeiro e bate o carro contra dois ônibus que passavam pela avenida Doutor Roberto de Almeida Vinhas. Seu carro tomba. Logo atrás estão os suspeitos na Hilux.

MAIS TIROS

Segundos depois, os criminosos na Hilux param de frente para um dos ônibus, e três homens descem do carro. Mais tiros são disparados contra o carro de Ruy, que foi atingido 29 vezes. Segundo informações do boletim de ocorrência, ele não chegou a sacar sua arma, uma pistola 9 milímetros, que estava em uma bolsa com outros pertences pessoais. Após o ataque, os criminosos deixam o local.

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CARROS ABANDONADOS

Segundo o registro policial, a Toyota Hilux que teria sido usada foi encontrada por volta das 18h45 em chamas. Cerca de 15 minutos depois, um segundo veículo, um Jeep Renegade, foi encontrado abandonado, com o contato ligado, de acordo com o boletim de ocorrência. Os dois carros haviam sido roubados na capital paulista, segundo o registro. Perto do Jeep havia carregadores de fuzil e de pistola e munição deflagrada.

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