OPERAÇÃO

Empresário preso em megaoperação contra o PCC tentou fugir em lancha

Imagem mostra suspeito sendo rendido por policiais federais. "Jogou fora o celular. Polícia Federal!", grita um dos agentes

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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O empresário Rafael Renard Gineste, um dos presos na megaoperação contra o PCC na quinta-feira, tentou fugir de lancha após a ação ser deflagrada.

Imagem mostra suspeito sendo rendido por policiais federais. "Joga fora o celular. Polícia Federal!", grita um dos agentes, mostra o vídeo divulgado pelo Fantástico neste domingo (31).

Ele foi preso em Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina. Policiais foram até a cidade após o empresário não ser encontrado em um condomínio de luxo em Curitiba (PR). Uma mulher também foi presa com o suspeito.

Rafael é sócio-administrador a F2 Holding Investimentos, no Paraná. Além dele, também foram presos: João Chaves Melchior, ex-policial civil; Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis envolvido com sonegação de impostos desde 2001; Rafael Bronzatti Belon, dono da empresa de serviços financeiros Tycoon Technology e do banco digital Zeit Bank; Gerson Lemes; Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário do setor de combustíveis de Curitiba.

Outros oito suspeitos estão foragidos e foram incluídos na difusão vermelha da Interpol. São eles:

Mohamad Hussein Mourad, conhecido como "João", "Primo" ou "Jumbo", é apontado como "epicentro" do esquema. Ele foi preso em flagrante em 2010 por tentativa de subornar policiais civis. Na ocasião, foram encontradas com ele munições de metralhadora .50;

Roberto Augusto Leme da Silva, o "Beto Louco", considerado "colíder" do esquema;

Daniel Dias Lopes, considerado "pessoa chave" no esquema por ter ligação com distribuidoras de combustíveis do Mohamad;

Miriam Favero Lopes, esposa de Daniel e sócia de empresas ligadas às fraudes;

Felipe Renan Jacobs, empresário do setor de combustíveis;

Renato Renard Gineste, empresário do setor de combustíveis;

Rodrigo Renard Gineste, dono de varejista de roupas;

Celso Leite Soares, dono de empresa que cultiva cana-de-açúcar, no interior de São Paulo

ENTENDA A MEGAOPERAÇÃO

Batizada de "Carbono Oculto", a operação é considerada a maior da história feita contra o crime organizado no país. Ao todo, uma força-tarefa composta por 1.400 agentes da Polícia Federal, da Receita Federal e do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) cumpriu 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez Estados do País.

A megaoperação investiga um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). As investigações apontam sonegações de até R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais A Receita Federal afirma que algumas empresas envolvidas no esquema movimentaram R$ 52 bilhões para o PCC.

Esquema também utilizava fundos de investimentos para ocultar patrimônios de origem ilícita e tem indícios de ligação com o PCC. Segundo a PF, eram feitas transações de compra e venda de imóveis e títulos entre empresas do mesmo grupo.

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Receita identificou 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. As operações aconteciam no mercado financeiro de São Paulo, através de membros infiltrados na Avenida Faria Lima

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