Internacional

Colômbia foi o país mais perigoso para ambientalistas em 2024

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Quase 150 defensores do meio ambiente foram assassinados ou desapareceram no mundo em 2024, e a Colômbia voltou a ser o país mais perigoso para esses ativistas, com quase um terço das vítimas, afirmou a ONG Global Witness em relatório publicado nesta terça-feira (16). 

O país sul-americano registrou 48 assassinatos ou desaparecimentos em meio a uma cruzada violenta entre diferentes grupos ilegais que disputam o controle de lucrativas atividades extrativistas como o garimpo ilegal. 

Este é o terceiro ano consecutivo em que a Colômbia é o país de maior risco para esses ativistas, segundo a ONG.

"Durante anos fui ameaçada, intimidada e objeto de monitoramentos constantes", afirma no documento a ativista colombiana Jani Silva, líder social e campesina na região de Putumayo, na Amazônia colombiana, muito assolada pela violência. 

"Tive que me mudar em diversas ocasiões após tomar conhecimento de um complô para me assassinar", acrescenta.

O número de vítimas no país diminuiu em comparação com as 79 de 2023, mas a organização adverte sobre o risco persistente, e denuncia a falta de proteção governamental e o medo desses ativistas de denunciar.

"A fraca presença do Estado em regiões anteriormente controladas pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foi explorada pelo crime organizado e grupos armados que buscam financiar suas operações através de economias ilegais", indica a organização.

Entre os mortos, 20 eram agricultores e 19 indígenas. 

"Estou há muito tempo oferecendo resistência à intrusão das empresas de mineração e petrolíferas, bem como dos grupos armados que tentam controlar nossos territórios e os corredores do narcotráfico do sudoeste da Colômbia", acrescenta Silva.

O número recorde de plantações de cultivos ilícitos, com 253 mil hectares em 2023, segundo as Nações Unidas, e o impasse nos diálogos de paz entre o governo de Gustavo Petro e os grupos armados ilegais aumentam os riscos para os ambientalistas.

A América Latina foi a região com mais registros de assassinatos e desaparecimentos em 2024, com 82% de todos os casos. A Guatemala ocupou o segundo lugar na lista, com 20 assassinatos e desaparecimentos forçados, seguida por México (19), Brasil (12) e Filipinas (8).

als/lv/cjc/rpr

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