Remessas ao México caem 16,2% interanual em junho
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Siga noAs remessas de dinheiro ao México, provenientes quase em sua totalidade de imigrantes nos Estados Unidos, caíram 16,2% em termos anuais no último mês de junho, informou nesta sexta-feira (1º) o Banco do México (Banxico, banco central).
Trata-se da terceira queda consecutiva na taxa anual, no contexto da política antimigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que conseguiu que o Congresso aprovasse uma lei orçamentária que impõe uma taxa de 1% sobre os envios de dinheiro em espécie ao exterior a partir de 2026.
Em junho passado, "as remessas provenientes do exterior ficaram em 5,2 bilhões de dólares [R$ 28,8 bilhões]", informou o Banxico.
No primeiro semestre de 2025, as receitas com remessas somaram 29,576 bilhões de dólares [R$ 163 bilhões], uma contração de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os envios de dinheiro do exterior já haviam registrado quedas anuais de 12,1% em abril e de 4,6% em maio.
O megapacote orçamentário que o magnata republicano batizou de "lei grande e bonita" estabelece um imposto de 1% sobre os envios de remessas em dinheiro a partir de 2026.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou na quarta-feira que 70% das remessas enviadas por migrantes dos Estados Unidos são transferidas por via eletrônica.
No México, a segunda maior economia da região, atrás apenas do Brasil, as remessas atingiram em 2024 um recorde de 64,74 bilhões de dólares [R$ 348 bilhões, cotação da época], o equivalente a 3,5% do PIB. Essa proporção é muito inferior à registrada na Nicarágua (27,2%), em Honduras (25,2%) e em El Salvador (23,5%).
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