Moderna cortará sua força de trabalho em 10%
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Siga noA empresa americana de biotecnologia Moderna, que comercializou uma das primeiras vacinas contra a covid-19, demitirá quase 10% de seus funcionários em todo o mundo, anunciou nesta quinta-feira (31) em meio à queda nas vendas da vacina.
Os cortes de pessoal fazem parte de um plano apresentado pela empresa em fevereiro para "reduzir as despesas operacionais em 1,4 bilhão de dólares (R$ 7,8 bilhões) e 1,7 bilhão de dólares (R$ 9,5 bilhões) até 2027 e alinhar melhor sua estrutura de custos e capacidades às condições atuais do negócio", afirmou a Moderna em um comunicado.
"Até o final do ano, esperamos ter menos de 5.000 funcionários" em todas as fábricas do grupo em todo o mundo, explicou o CEO do laboratório, Stéphane Bancel, nesta quinta-feira, em uma mensagem aos funcionários, à qual a AFP teve acesso.
"Todos os esforços foram feitos para minimizar as perdas de empregos, mas hoje, reformular a nossa estrutura operacional e alinhar nossa estrutura de custos com a realidade do nosso negócio são essenciais para manter o foco e a disciplina, enquanto continuamos investindo em nossa ciência rumo a 2027", continuou.
Em 2020, a Moderna comercializou uma das duas primeiras vacinas contra a covid-19 usando uma tecnologia inovadora, o RNA mensageiro, em conjunto com a Pfizer-BioNTech. Essa medida impulsionou a empresa sediada em Cambridge, Massachusetts, que cresceu de 800 milhões de dólares em receita em 2020 (cerca de R$ 4,1 bilhões na cotação da época) para 18,4 bilhões de dólares em 2021 (cerca de R$ 102,6 bilhões na cotação de 2021).
A Moderna também expandiu significativamente sua força de trabalho: de 1.300 funcionários em 2020 para mais de 5.600 em 2023.
Nas negociações eletrônicas antes da abertura da Bolsa de Valores de Nova York nesta quinta-feira, as ações caíam 1,9% às 12h15 GMT (09h15 no horário de Brasília).
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