China critica acordos comerciais que 'prejudicam terceiros', após pacto Vietnã-EUA
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Siga noA China alertou, nesta quinta-feira (3), contra acordos comerciais que "prejudiquem terceiros", após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um pacto tarifário com o Vietnã.
"A China sempre defendeu que todas as partes resolvam suas diferenças econômicas e comerciais por meio do diálogo, em pé de igualdade", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning.
"Ao mesmo tempo, negociações e acordos relevantes não devem prejudicar os interesses de terceiros", acrescentou.
O pacto anunciado na quarta-feira é o primeiro acordo firmado por Trump com um país asiático. Analistas afirmam que ele pode servir de base para Washington discutir com outros países a busca por acordos tarifários semelhantes.
O acordo estabelece uma tarifa de pelo menos 20% sobre as exportações vietnamitas para os Estados Unidos.
Essa taxa, que aumentará o preço de calçados e roupas, que o país do sudeste asiático exporta fortemente para os Estados Unidos, permite que Hanói evite a ameaça de uma tarifa de 46%.
Trump estabeleceu o prazo de 9 de julho para impor tarifas pesadas aos parceiros comerciais dos EUA caso não cheguem a um acordo.
As ações de empresas têxteis e fabricantes de equipamentos esportivos, que têm presença significativa no Vietnã, subiram com o anúncio do acordo, mas caíram quando os detalhes do pacto, que incluía tarifas mais altas do que o esperado, foram divulgados.
O assessor comercial de Trump, Peter Navarro, chamou o Vietnã de "colônia da China" e afirmou que um terço dos produtos vietnamitas vem da China.
O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quinta-feira que "sempre se opôs firmemente" às tarifas americanas.
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