Internacional

Chanceler iraniano descarta rápida retomada de diálogo com EUA sobre programa nuclear

Publicidade
Carregando...

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, descartou nesta segunda-feira (30) uma retomada rápida das conversas com os Estados Unidos sobre o seu programa nuclear e disse que Teerã deveria garantir primeiro que Washington não realizaria novos ataques contra a República Islâmica.

"Não acho que as negociações sejam retomadas tão rápido", disse o chefe da diplomacia iraniana ao ser perguntado pelo canal CBS sobre as declarações do presidente americano, Donald Trump, que afirmou que o diálogo poderia reiniciar ainda nesta semana.

"Para que decidamos nos comprometer novamente [nas conversas], primeiro devemos estar seguros de que os Estados Unidos não voltarão a lançar um ataque militar contra nós durante as negociações", afirmou Araghchi.

"Ainda precisamos de tempo", acrescentou. No entanto, destacou que "as portas da diplomacia nunca vão se fechar".

Araghchi também foi perguntado sobre as declarações de Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o órgão de supervisão nuclear da ONU, que disse que o Irã possivelmente poderá começar a produzir urânio enriquecido "em questão de meses", apesar dos danos.

"Não se pode destruir a tecnologia e a ciência do enriquecimento com bombardeios", declarou o chanceler iraniano. "Se temos a vontade de avançar novamente neste setor, e essa vontade existe, poderemos reparar rapidamente os danos e recuperar o tempo perdido", acrescentou.

Araghchi disse que o Irã está preparado para se defender se for atacado novamente.

"Durante esta guerra imposta de 12 dias, demonstramos e provamos que temos a capacidade de nos defender, e vamos continuar fazendo isso diante de qualquer agressão", prometeu.

Israel iniciou as hostilidades contra o Irã em 13 de junho, matando os principais responsáveis militares e cientistas vinculados a seu programa nuclear, com o objetivo declarado de impedir que Teerã desenvolva a bomba atômica.

Os Estados Unidos se juntaram à ofensiva de seu aliado israelense e bombardearam três instalações nucleares na noite de 21 para 22 de junho.

Depois de 12 dias de bombardeios recíprocos, estabeleceu-se um cessar-fogo em 24 de junho, imposto por Trump.

Segundo a AIEA, o Irã é o único Estado sem armas nucleares que enriquece urânio a alto nível (60%), muito além do limite de 3,67% estabelecido no acordo internacional de 2015 do qual os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em 2018 durante o primeiro mandato de Trump.

Para fabricar uma bomba atômica, é necessário um enriquecimento de 90%, segundo a AIEA.

cl/jgc/ad/atm/rpr

Tópicos relacionados:

conflito diplomacia eua ira nuclear

Parceiros Clube A

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay