O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, instalado em Madri desde setembro, descartou a possibilidade de governar do exílio e garantiu que voltará a seu país para tomar posse no dia 10 de janeiro, segundo uma entrevista ao jornal El País publicada nesta segunda-feira.  

"Não", respondeu González Urrutia sem rodeios quando questionado se presidiria do exílio e reforçou: "Isso é certo: estarei na Venezuela" nessa data. 

A oposição venezuelana afirma que o diplomata de 75 anos venceu as eleições de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como vencedor, sem apresentar uma contagem detalhada da votação, como estabelece a lei. 

"Saí da Venezuela temporariamente, sabia que voltaria a qualquer momento e o momento é 10 de janeiro, data da posse", disse ao El País. 

"Meu objetivo é tomar posse do cargo para o qual fui eleito e, após isso, tomar as decisões que têm de ser tomadas; entre outras, a nomeação da equipe governamental", disse. 

María Corina Machado, a líder da oposição que não pôde concorrer às eleições por ter sido inabilitada, será a "vice-presidente executiva da República", acrescentou González Urrutia. 

A oposição reivindica a vitória de González Urrutia garantindo que possui 80% das cópias das atas que comprovam sua vitória. 

Com uma ordem de prisão contra ele, o candidato da oposição partiu para o exílio na Espanha em setembro. 

Os Estados Unidos e outros países o reconheceram como o presidente eleito. A Espanha, em linha com a posição europeia, limitou-se a exigir que as atas eleitorais sejam divulgadas.

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