CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO

Casas vulneráveis: nem no interior bandidos dão sossego em MG

Em 13 cidades com mais de 100 mil habitantes, furtos e roubos em dezembro e janeiro ultrapassam a média do estado para o período. Itaúna abre a lista

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O período de férias escolares, recessos e viagens entre dezembro e janeiro aumenta as ameaças de invasões para furtos e roubos em muitos dos municípios com mais de 100 mil habitantes no interior e na Grande BH, segundo os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais de 2022 a 2025 (até novembro).

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De acordo com o levantamento do EM, o percentual de ataques contra o patrimônio residencial nos meses de dezembro e janeiro é superior ao da média do estado no período – de 16,5% dos crimes em geral – em 13 dos maiores municípios do interior (Barbacena, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares, Itaúna, Ituiutaba, Juiz de Fora, Muriaé, Passos, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Ubá, Varginha).


O maior índice é o de Itaúna, município do Centro-Oeste de Minas Gerais com 103.272 habitantes, sendo o 161° mais rico do estado e 8º da região. Uma cidade rica com muitos alvos para ladrões por ter uma economia diversificada com um forte setor de serviços e comércio, bem como siderurgia, têxtil e mineração de calcário e ferro.


A cautela do itaunense que vai viajar no fim do ano e em janeiro deve ser redobrada, porque esses meses acumulam, em média, 19,08% dos ataques a residências registrados ao longo do ano, entre 2022 e janeiro de 2025. Os bairros identificados nas ocorrências com mais invasões de residências para furtos foram o Centro (14,5%), Graças (5,9%), Lourdes (5,1%), Garcias (4,4%) e Nogueira Machado (3,7%).


Na sequência, o município de Poços de Caldas, no Sul de Minas, reconhecido pela alta qualidade de vida, por outro lado tem um índice maior que o do estado no que se refere a furtos e roubos a residências no fim de ano e em janeiro, com 18,67%.


A cidade tem 163.742 habitantes. Trata-se também de um município muito rico, 189º em riquezas por população de minas e 2º da região imediata. Tem um forte setor de serviços (turismo termal, comércio, alimentação), indústria (farmacêutica, alumínio, tecnologia) e agropecuária.


As invasões de ladrões para levar os pertences e valores é maior nos bairros Jardim dos Estados (6,1%), Centro (5,1%), Dom Bosco (3%), Conjunto Habitacional Pedro Afonso Junqueira (2,9%) e Cascatinha e Jardim Quisisana (ambos com 2,5%).


Também no Sul de Minas, Passos, de 111.939 habitantes, se destaca com as residências sendo alvo de ladrões nas férias em índice de 18,49%, superior ao de Minas Gerais. É o 26º município mineiro com maior PIB per capita e o mais rico da região imediata. Um município de muitos recursos com forte base na agropecuária e no agronegócio, mas também impulsionado por um comércio regional robusto, indústria de móveis e confecções, setor de serviços (incluindo saúde e educação) e turismo.


Os bairros de Passos onde mais residências foram furtadas foram o Belo Horizonte (7,6%), Centro (7,3%), Bela Vista (3,6%), Candeias e Mário Magalhães (ambos com 3,3%).


CONSCIENTIZAÇÃO E PREVENÇÃO

A consciência do cidadão de não comprar objetos sem notas fiscais, procedência duvidosa ou a preços muito inferiores aos de mercado, bem como o combate à receptação são meios centrais de reduzir os mercados ilegais e com isso os furtos e roubos residenciais, segundo avaliação da Polícia Militar de Minas Gerais.


Só de 2024 para 2025, a PMMG afirma ter aumentado em 31% as prisões e apreensões relacionadas ao crime de receptação. Os roubos de forma geral foram reduzidos em 27% e os furtos em 5%, com a prisão de mais de 21.600 ladrões.


No período de férias, informa o capitão Rafael Veríssimo, porta-voz da Polícia Militar, ocorre um reforço do policiamento das áreas residenciais para prevenir e combater os crimes. O policiamento decorre de três pilares principais.


“Avaliamos as informações do Centro de Gerenciamento de Análise de Dados sobre a incidência dos crimes, bairros, dias e horas que ocorrem. Alinhado a isso, o serviço de inteligência identifica os autores, se estão com mandados de prisão em aberto para serem presos. Podem estar em aglomerados, por exemplo, mas furtando do outro lado da cidade. E a polícia comunitária, que disponibiliza muita informação principalmente das redes de proteção e do disque denúncia anônimo 181”, afirma.

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O militar afirma que a tecnologia também tem ajudado muito. “Temos o sistema hélios, integrado às câmeras de vigilância, e que nos permite encontrar os veículos de criminosos e traçar seu caminho pela cidade para o monitorar e encontrar. As câmeras de vigilância particulares podem ser integradas a esse sistema ampliando ainda mais a cobertura”, afirma. Para ser parceiro do sistema acesse: https://www.policiamilitar.mg.gov.br/helios.

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