MP denuncia 35 integrantes de quadrilha que agia em várias cidades de Minas
Grupo, que também atuava em São Paulo e Mato Grosso, é investigado por crimes como organização criminosa, tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou 35 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha ligada ao tráfico de drogas que atuava em várias cidades de Minas Gerais e também em outros estados. O grupo é investigado por crimes como organização criminosa, tráfico interestadual de drogas, uso de armas de fogo de uso restrito e lavagem de dinheiro.
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A investigação começou depois que um homem foi preso em flagrante, em fevereiro de 2025, com cerca de 40 quilos de maconha. A partir daí, a polícia descobriu uma estrutura criminosa com divisão clara de tarefas na qual havia quem comandasse e fornecesse a droga, quem fizesse a distribuição em atacado, quem cuidasse do transporte e armazenamento, além dos responsáveis por "esquentar" o dinheiro e pulverizar pagamentos por meio de contas de terceiros e empresas de fachada.
O levantamento revelou ainda que a organização contava com a ajuda de um policial civil de Ituiutaba, que teria repassado informações sigilosas da investigação ao líder do grupo. Segundo o Ministério Público, isso atrapalhou o andamento das apurações e dificultou prisões e apreensões ao longo do trabalho policial.
Segundo o MP, o grupo usava celulares diferentes, comunicação criptografada, preços padronizados e um esquema de movimentação financeira feito para despistar as autoridades. Em um curto período, as transações identificadas ultrapassaram R$ 400 mil, valor que, de acordo com a investigação, representa apenas uma parte do dinheiro realmente movimentado pela organização criminosa.
Onde o grupo atuava
Entre o locais que a quadrilha atuava, estão Ituiutaba (Triângulo Mineiro), Uberlândia (Triângulo Mineiro), Centralina (Triângulo Mineiro), Pará de Minas (Região Central), Belo Horizonte e Esmeraldas e Contagem, ambas na Grande BH, além de municípios dos estados de São Paulo e do Mato Grosso.
A apuração é resultado da operação Muro ao Lado, deflagrada pela Polícia Civil com apoio do MP. A primeira fase ocorreu em agosto e a segunda em outubro. Ao longo da operação, foram cumpridas prisões e apreendidos drogas, armas, celulares e outros equipamentos usados no tráfico.
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No total, a polícia atribui ao grupo a movimentação de quase 285 quilos de drogas, entre maconha, cocaína, ecstasy e LSD. Para proteger o esquema, os integrantes também mantinham armas de fogo, inclusive de uso restrito, e grande quantidade de munição.