DIREITO DAS MULHERES

Mulheres protestam contra feminicídio em BH: "Queremos viver sem medo"

Diante do aumento de feminicídios em 2025, manifestantes se organizaram pelo país neste domingo para cobrar políticas públicas

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Quatro mulheres foram mortas por dia, em média, no Brasil somente neste ano, vítimas de feminicídio, em uma escalada da violência de gênero que motivou, neste domingo, atos de protesto em todo o país. Na capital mineira, ele acontece na Praça Raul Soares, região Central, onde as manifestantes reivindicam políticas públicas para conter a violência que, entre janeiro e setembro, ceifou a vida de 1.077 mulheres.

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A coordenadora do movimento Quem Ama Não Mata, Myriam Christus, cobrou políticas públicas no combate ao feminicídio e defendeu a eleição de mais mulheres aos espaços legislativos para garantir maior representação e ações em defesa do gênero. 

"Nas últimas semanas chegamos no fundo de um tenebroso poço. Fomos arrastadas com o Tainá debaixo daquele carro e perdemos as pernas com ela. Fomos queimadas junto com quatro filhos lá no Ceará. Levamos cinco tiros na cara no nosso ambiente de trabalho. Estamos no fundo do poço. Se a gente não reagir agora, não sei o que pode acontecer", defendeu.

Presente ao ato, Cleusa Santos fez um relato do estupro que sofreu em 2017, no centro de Belo Horizonte, e afirmou que, desde então, passou a militar contra a violência sexual contra as mulheres. "Queremos viver sem medo", afirma.

Jade Muniz, do Coletivo Clã das Lobas, que representa trabalhadoras sexuais, defendeu que o combate à violência de gênero seja introduzido no currículo das escolas para evitar a perpetuação de casos de feminicídio como os que têm sido registrados no Brasil. Segundo ela, somente o endurecimento das leis não tem sido suficiente para conter a escalada de violência. "As leis não estão adiantando. Pelo contrário, o que estamos vendo são assassinatos cada dia mais violentos, com requintes de crueldade; por isso a necessidade de educação e prevenção", defende.

Segundo dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, de janeiro a setembro deste ano, cerca de 2,7 mil mulheres sofreram tentativa de feminicídio e 1.077 foram assassinadas, o que representa, em média, quatro mortes por dia.

Em Minas Gerais, somente no primeiro semestre deste ano, foram registrados 78.697 casos de violência doméstica, além de 167 vítimas de feminicídio, sendo 72 mortes consumadas e 95 tentativas. No ano passado, foi registrado um aumento de 26% nas tentativas de feminicídio.

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O que é feminicídio?

Feminicídio é o assassinato de uma mulher por razões de gênero, ou seja, quando ela é morta por ser mulher, geralmente em contextos de violência doméstica, familiar ou por menosprezo/discriminação à condição feminina. É considerado pelo Código Penal um crime hediondo.

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