Grupo de jovens neonazistas é alvo da polícia no Sul de Minas
Os envolvidos usavam linguagem codificada que indicava consciência sobre conduta ilícita. Cinco dele, incluindo menores de idade, já foram identificados
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            Um grupo de cinco jovens, incluindo dois adolescentes, com histórico de promoção de ideologias e ameaças de cunho neonazista, racista, homofóbico e antissemita, é alvo de investigações da Polícia Civil em São Lourenço (MG), no Sul do estado. Na última sexta-feira (31/10), cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município.
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Cinco suspeitos já foram identificados: dois homens de 20 anos, uma mulher de 19 e dois adolescentes, de 16 e 17 anos de idade. As investigações começaram depois que a polícia recebeu denúncias de que o grupo promovia, incitava e difundia as ideias extremistas de forma articulada.
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De acordo com as apurações, o grupo tinha uma estrutura ideológica e comunicacional organizada que dividia os integrantes em funções específicas. Os envolvidos também usavam uma linguagem hierarquizada, tinham codinomes e usavam símbolos e códigos associados ao nazismo, inclusive a suástica nazista.
Conforme a Polícia Civil, a comunicação entre os integrantes não se limitava à manifestação de opinião, uma vez que eles teriam ameaçado matar pessoas de grupos minoritários como judeus, negros e homossexuais. Segundo a corporação, o exposto configura um estágio “pré-operacional” que coloca terceiros em risco concreto de vida ou de ter integridade física afetada.
Conforme os registros, foram apreendidos celulares, computadores e diversos materiais com apologias ao nazismo, discurso de ódio e incitação à violência contra grupos minoritários.
Apesar de ter sido recolhida uma vasta quantidade de material, as investigações policiais revelam que o grupo se munia de mecanismos para ocultação de provas, que incluía instruções para apagar registros e uma linguagem codificada, o que mostra “consciência da ilicitude das condutas e intenção de evitar responsabilização penal”.
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A PC representou pela adoção de medidas cautelares visando à preservação de provas e à neutralização de riscos sociais. Até o momento, não foi confirmada prisão ou apreensão de nenhum dos envolvidos.