VALE DO MUCURI

Mistério cerca sumiço de indígena de 90 anos em MG; buscas são suspensas

Idoso desapareceu na tarde do último dia 18 em uma área de mata da Aldeia Verde, uma das comunidades do povo indígena Maxakali, na zona rural de Ladainha

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O Corpo de Bombeiros suspendeu as buscas pelo indígena de 90 anos desaparecido desde o último dia 18 em uma área de mata da Aldeia Verde, uma das comunidades do povo indígena Maxakali, na zona rural de Ladainha (MG), no Vale do Mucuri. Antes, a corporação havia dito que ele tem 80 anos, mas a informação foi retificada. As autoridades não têm indícios do que pode ter acontecido. 

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Os militares receberam o chamado no dia seguinte (19) ao desaparecimento. Inicialmente, moradores da própria aldeia tentaram encontrar o idoso. Apesar do acionamento, os bombeiros só conseguiram iniciar as buscas no começo da manhã de segunda-feira (20), por volta das 4h. Isso porque o carro que levava os militares atolou em uma estrada de terra em decorrência das chuvas que atingiram a região, sendo necessário acionar serviço de guincho.

 

Foram cinco dias consecutivos de diligências, iniciadas com seis militares — número que foi sendo reduzido com o passar dos dias. Na sexta-feira (24), três bombeiros fizeram as buscas e encerraram os trabalhos à tarde, pouco antes do anoitecer.

"Desde então, decidimos suspender a procura diante da falta de qualquer indício que justifique manter equipes no local. Não há marcas de pegadas, por exemplo. Percorremos uma extensa área com dois cães farejadores. Infelizmente, não foi identificada nenhuma pista. Caso surja alguma evidência ou nova informação, podemos retomar a procura", explicou ao Estado de Minas Thiago Quaresma Rocha, 3º sargento do Corpo de Bombeiros de Teófilo Otoni.

Na quarta-feira (22), o militar também conversou com o EM. Segundo contou, o idoso teria sido visto pela última vez no meio da tarde por algumas crianças que estavam em um campo de futebol. Elas perguntaram onde ele estava indo, e ele respondeu que iria a um bananal pegar algumas frutas, mas não voltou.

"Não temos como supor o que pode ter acontecido. Caso ele tivesse morrido, a gente teria visto urubus sobrevoando o local", completou Quaresma, lembrando que o idoso já havia sumido outra vez, segundo relatos de moradores da aldeia. "Não perguntamos quanto tempo durou esse desaparecimento, mas disseram que, na ocasião, ele foi achado a cerca de oito quilômetros", pontuou.

Ainda de acordo com informações do militar, moradores relataram episódios de surtos psicóticos e mania de perseguição envolvendo o idoso. "No entanto, isso é algo que não temos como confirmar. No posto de saúde de lá não tem qualquer registro de atendimento mencionando essas questões de saúde", afirmou.

O Corpo de Bombeiros foi acionado para início das buscas por Rodrigo Horta, assessor-chefe do escritório do MPF, em Teófilo Otoni, responsável pelo atendimento das demandas dos povos indígenas.

"Recebemos a informação do desaparecimento por meio de mensagens enviadas pelo WhatsApp por lideranças da aldeia. Então, eu mesmo entrei em contato com os bombeiros, mas infelizmente ele ainda não foi achado. A coordenação regional da Funai enviou um servidor, que segue no local, para acompanhar a situação na aldeia", disse.

Membro do Conselho Indigenista Missionário, Maria Rosária Ribeiro Schaper atua diretamente com o povo Maxakali na região. À reportagem, ela frisou que a entidade acompanha a situação. "Os familiares falaram que ele estava tranquilo nos últimos dias, apesar de ter tido antes uns episódios de esquecimento. Seguimos em contato com a família para acompanhar o caso."

Em breve nota, a Polícia Civil disse que "não houve acionamento" da instituição policial "até o momento".

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