DIAGNÓSTICO PRECOCE

Com seis anos de atraso, SUS passa a oferecer teste genético para câncer

Exame para detectar câncer de mama e de ovário será oferecido pela saúde pública de Minas Gerais a partir de 2026

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Um teste genético para detectar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que geram os cânceres de mama e de ovário geneticamente, estará disponível nos postos de saúde do SUS em Minas Gerais a partir de janeiro de 2026. O exame será feito por meio da coleta de sangue ou saliva no posto. As amostras serão enviadas para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que fará as análises laboratoriais de todos os pacientes.

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O resultado pode ser positivo, negativo ou inconclusivo, e um resultado positivo não significa o desenvolvimento da doença, mas indica risco aumentado, que requer acompanhamento contínuo. O teste é indicado especialmente para alguns casos em que o risco de herança genética da doença é alto.

Segundo o Secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, a expectativa do surgimento da mutação na população mineira é de cerca de 2 mil pessoas por ano, que será o número de exames disponíveis neste mesmo período. O valor de cada teste é de R$ 1,1 mil, que será custeado pelo estado, que está financiando todo o projeto.

Fábio contou que dois terços dos cânceres de mama são descobertos de forma tardia, o que leva os pacientes a precisar de cirurgias, radioterapia e quimioterapia, que são tratamentos muito caros. Já no setor privado, dois terços dos diagnósticos são precoces, levando a um alcance mais rápido da cura.

A lei estadual 23.449, que prevê essa iniciativa, foi promulgada há seis anos, em 2019, e começará a ser cumprida apenas no próximo ano, segundo Maria Luiza, presidente da Associação Pérolas Negras, que participou da comissão do Estado que trabalhou para disponibilizar o exame na rede pública. “Houve uma cobrança muito grande dessas organizações em cima do estado para que a lei fosse implementada”.

O secretário da saúde disse que o motivo da demora foi a precariedade da saúde pública no setor oncológico. “Tivemos que preparar o terreno, passamos a remunerar melhor os profissionais que realizam mamografias e biópsias e distribuímos, em 2023, o recurso para a compra de novos mamógrafos para agora conseguir ofertar o teste genético. Parte das máquinas dos hospitais oncológicos não era adequada, podendo gerar resultados falsos”, relatou.

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Os agentes da rede pública receberão um treinamento, incluindo discussões sobre casos com médicos e enfermeiros, ofertado pela UFMG.

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