Depois de 10 anos fechada, trilha do Parque Municipal é reaberta
Com novas espécies de plantas e proposta educativa, a Trilha das Borboletas, no coração da capital mineira, volta a receber visitantes
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Fechada por 10 anos, visitantes do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no hipercentro de Belo Horizonte, podem voltar a frequentar a Trilha das Borboletas. O espaço passou por revitalizações nos jardins para melhorias estruturais e paisagísticas, com a inclusão de novas espécies de plantas e o retorno das caminhadas guiadas gratuitas.
Implantada em 2007, a trilha do Jardim das Borboletas foi recuperada ao longo deste ano. O local recebeu o plantio de novas espécies de plantas hospedeiras e nectaríferas, que atraem todo tipo de polinizadores, além de uma rica variedade de lepidópteros — grupo de insetos que inclui borboletas e mariposas —, contribuindo para a conservação desses animais e, consequentemente, da biodiversidade.
Segundo a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), a revitalização foi essencial para restaurar a função ecológica e educativa do jardim. A assessora de Educação Ambiental da fundação, Roberta Martins, destaca que o parque, criado há mais de um século, ganhou novos significados diante das transformações urbanas e da necessidade de promover o bem-estar coletivo e a qualidade de vida das pessoas.
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"As atividades educativas que oferecemos no Parque Municipal, como a Trilha das Borboletas, ajudam a mostrar a relevância geral da área verde, que funciona como um pulmão para a cidade. O visitante vai conhecer curiosidades históricas e aprender sobre o papel ecossistêmico e ambiental que o parque tem atualmente, em que a cidade é completamente diferente de 128 anos atrás. Portanto, essa área passa a ser ainda mais importante para nosso bem-estar e qualidade de vida, assim como para a manutenção da biodiversidade", destaca.
O ponto de encontro é na praça em frente à administração do parque. A trilha é feita em formato guiado, proporcionando uma experiência educativa e sensorial em meio à biodiversidade urbana do Parque Municipal.
A atividade é indicada para pessoas a partir de 5 anos. As crianças devem estar sempre acompanhadas por um responsável. Realizada de acordo com a demenda através de agendamento para grupos de no mínimo cinco e no máximo 25 participantes, a fundação garante que a atividade é ideal para grupos escolares, famílias e interessados em temas como biodiversidade urbana, conservação ambiental e educação para a sustentabilidade.
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Durante cerca de 40 minutos, em um percurso de aproximadamente 1,2 quilômetro, considerado leve e acessível, com pequenos trechos de subida e descida, além da observação de diferentes espécies de borboletas, os participantes têm a oportunidade de conhecer a história da implantação do parque, sua relevância ambiental e cultural, e de visitar áreas com vegetação especialmente manejada para atrair borboletas e outros polinizadores.
O passeio é conduzido por educadores ambientais da FPMZB, que compartilham curiosidades sobre o ciclo de vida das borboletas, seu papel ecológico como polinizadoras e bioindicadoras e sua importância nas cadeias alimentares. Os participantes podem conhecer curiosidades que ajudam a desmistificar crenças populares sobre esses animais.
Durante a caminhada são feitas paradas estratégicas para observação de espécies da flora local, como o manacá-de-cheiro e a planta borboletinha, que servem de abrigo e alimento para diversas espécies de insetos, além de escutar o som do Córrego Acaba Mundo, canalizado sob o parque.
As revitalizações nos jardins da Trilha das Borboletas ainda não foram concluídas. Em nota, a FPMZB informou que novas espécies serão incluídas no local.
Como agendar a visita
Os interessados devem entrar em contato direto com a equipe de Educação Ambiental da FPMZB pelo e-mail educaparques@pbh.gov.br. As visitas são realizadas às terças e quintas-feiras, conforme a disponibilidade dos educadores.
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Mesmo sem agendamento, o acesso ao Jardim das Borboletas, é livre ao público durante todo o funcionamento do parque, que é de terça a sábado, das 7h às 21h, e domingo, das 7h às 17h. A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento.
Nos fins de semana, em datas especiais, a fundação organiza edições abertas ao público. Para acompanhar todas as informações sobre as trilhas guiadas oferecidas gratuitamente pela FPMZB, acesse o site da PBH.
*Estagiária sob supervisão da subeditora Juliana Lima
