Aplicativo da PBH ajudará no registro de denúncias de violência doméstica
Novo sistema promete tornar mais rápido o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar que estão em risco
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Nova ferramenta que será implementada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) possibilitará que vítimas de violência doméstica e familiar acionem a Cabine Lilás do Centro Integrado de Operações (COP) em situações de emergência. A PBH não divulgou a data de lançamento do aplicativo.
Foram realizados testes pela Secretaria Municipal de Segurança e Prevenção, nos quais o aplicativo Ebody Guard foi instalado nos celulares de 80 pessoas assistidas pelo Proteja Mulher, do Grupamento Especializado de Proteção à Mulher da Guarda.
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As chamadas feitas pela ferramenta, os acionamentos pelo telefone 153 e o Botão de Importunação Sexual – integrado ao app da PBH – são encaminhados para a Cabine Lilás, que funciona 24 horas. As agentes de segurança estarão a postos para prestar atendimento a mulheres e meninas em situação de violência.
No momento em que a cabine é acionada, a Guarda Municipal obtém acesso às informações preenchidas pela pessoa assistida no Proteja Mulher no momento do cadastro do aplicativo Ebody Guard.
Os dados incluem informações sobre a possível existência de uma medida protetiva de urgência, doenças que necessitam de atenção no momento do atendimento do chamado, características da pessoa acusada de agressão, de veículos e até a presença de animais domésticos na residência da vítima.
Eles também contêm informações sobre a geolocalização das mulheres assistidas, além do acesso ao áudio ambiente em tempo real quando a ferramenta é utilizada. Assim, mesmo que a vítima não consiga concluir a chamada, a agente da guarda terá fundamentos para encaminhar uma viatura ao local. As provas geradas no momento do acionamento da emergência podem ser utilizadas como evidências em processos judiciais.
Antes de entrar em funcionamento, os agentes receberam treinamento do Grupamento Especializado de Proteção à Mulher, envolvidos na operacionalização da plataforma.
Dados de violência doméstica em Minas Gerais
Em Minas Gerais, de janeiro a junho, foram registrados 60 feminicídios em 2025 e 66 no mesmo período de 2024. Em números absolutos, o estado perde apenas para São Paulo, que lidera com 128 casos. Na terceira posição está a Bahia (52), seguida pelo Rio de Janeiro (49) e Pernambuco (45). Considerando os 12 meses do ano, Minas registrou 133 casos em 2024, 167 em 2023 e 173 em 2022.
Na tarde de domingo (26/10), os corpos de um homem e de uma mulher foram encontrados em uma residência no Beco São Vicente, Vila Nossa Senhora da Conceição, no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte.
O crime foi descoberto pelo cunhado do rapaz, que, ao visitar a casa, identificou que o homem havia atentado contra a própria vida, enquanto o corpo da mulher estava sob a cama, com lesões pelo corpo. O homem havia enviado uma mensagem aos pais na noite de sábado pedindo desculpas.
O caso foi encaminhado para a 3ª Delegacia de Polícia Civil, e o cunhado do homem, assim como a irmã da vítima, já foram arrolados como testemunhas.
Busque ajuda
Polícia Militar (Emergência) Telefone: 190
Delegacia de Polícia Civil – Procure a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) ou a Delegacia Especializada de Investigação à Violência Sexual
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher , com funcionamento 24 horas
Disque 100 – Denúncias de violações de direitos humanos, incluindo violência sexual
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Hospitais e Serviços de Saúde - Procure o setor de emergência de hospitais públicos e centros de referência para atendimento médico e coleta de provas
Ligue 180 para ajudar vítimas de abusos
A PBH foi demandada para falar sobre prazos, mas não nos respondeu até o lançamento da matéria.