NOVOS MORADORES

Mafu e Pretória: casal de leões-brancos chega ao Zoológico de BH

O casal chegou ao Zoo de Belo Horizonte participando de programas de reprodução, monitoramento genético e possíveis reintroduções na natureza

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O Zoológico de Belo Horizonte ganhou dois moradores raros e deslumbrantes: Mafu e Pretória, um casal de leões-brancos (Panthera leo krugeri) vindos do Parque Beto Carrero World. Ainda filhotes, eles cresceram sob cuidados humanos e agora reforçam o plantel da instituição, integrando programas nacionais e internacionais de conservação, com possibilidade de reprodução e futura reintrodução em áreas naturais.

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Chegada e adaptação

O casal chegou na instituição na tarde dessa quarta-feira (15/10) e já foi levado ao recinto definitivo, na área de visitação, onde será observado intensivamente pela equipe técnica. Esta equipe é responsável por avaliar a adaptação, condições de saúde, hábitos e comportamentos.

Nos dois primeiros dias, eles permanecerão em uma área restrita para acompanhamento próximo, sendo observáveis pelos visitantes na área externa a partir deste sábado (18/10).

 

Embora tenham vindo de uma região mais fria, os leões se adaptaram bem ao clima tropical de Belo Horizonte. Segundo Sandra Cunha, gerente do Zoológico e diretora de Zoobotânica, a adaptação tem sido tranquila. “Eles chegaram muito bem, receptivos, e já estão se familiarizando com os novos tratadores e veterinários. São animais muito reprodutivos e o contato inicial com a equipe tem sido positivo”, afirmou.

O transporte foi realizado em caminhão refrigerado, conduzido por um motorista e acompanhado durante todo o trajeto por uma médica veterinária. Nenhum animal de grande porte é transportado sem supervisão veterinária, garantindo condições adequadas e segurança.

“Vamos observar, principalmente, a adaptação deles ao novo ambiente. Por isso, é importante reforçar ao visitante a importância de adotar boas práticas de visitação a um espaço de conservação de fauna: respeitar os animais, fazer silêncio para não lhes causar estresse e contemplar seu comportamento natural sem tentar intervir ou chamar sua atenção, especialmente nas primeiras semanas”, explica Valéria Pereira, chefe da seção de mamíferos do Zoo de BH.

Os leões-brancos foram considerados tecnicamente extintos na natureza entre 1992 e 2004. Em 2004, o Global White Lion Protection Trust conseguiu a primeira reintrodução bem-sucedida em seu habitat natural. “Esse fato mostra a importância dos zoológicos como o de BH, que zelam, prioritariamente, pela preservação e pelo bem-estar dos animais”, afirma Sandra Cunha, gerente interina do Zoológico de BH e diretora de Zoobotânica.

O Zoo de Belo Horizonte faz parte de programas nacionais e internacionais de conservação de espécies ameaçadas ou já em extinção. Maneja espécies com foco na reprodução planejada, garantindo a maior variabilidade genética possível, o que facilita uma futura reintrodução na natureza. Como exemplo, a capital já devolveu à natureza seis papagaios-verdadeiros (2022) e sete papagaios-do-peito-roxo (2021), ambos ameaçados de extinção.

Ao contrário do que algumas pessoas pensam, o leão-branco não é uma espécie distinta, mas uma variante de cor (leucismo) que ocorre em leões sul-africanos. Essa mutação genética inibe a produção de melanina, resultando na pelagem branca. Diferentemente de albinos, os leões-brancos não apresentam alterações na visão e têm olhos normais, que podem variar do amarelo ao azul.

Conheça Mafu e Pretória

  • Origem: África do Sul

  • Chegada ao Zoo de BH: ainda filhotes

  • Nomes: Mafu (macho) e Pretória (fêmea)

  • Data de nascimento:

    • Mafu: 15/05/2011

    • Pretória: 01/03/2011

  •  Vivem juntos há muitos anos

  • Já tiveram 4 filhotes: o último registrado foi em 2018, chamado Mombassa

  • Habitat natural: savanas, florestas e áreas desérticas

    • Principal região: Greater Timbavati, sul da África

    • Proteção atual: Parque Kruger Central

  • Expectativa de vida: 19 anos na natureza; até 70 anos em cativeiro

Curiosidades  

O leão-branco (Panthera leo krugeri), variante leucística do leão africano, apresenta pelagem branca devido ao leucismo e não é albino. Seus olhos podem ser amarelos ou azuis e não apresentam problemas de visão. Pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar mais de 130 kg.

Na natureza, a expectativa de vida é de 19 anos, podendo chegar a 29 anos em cativeiro. Habita savanas, florestas e áreas desérticas do sul da África, principalmente na região de Greater Timbavati e no Parque Kruger Central. Atualmente, existem apenas 18 leões-brancos na natureza e menos de 300 em cativeiro.

Para o nascimento de filhotes brancos, ambos os pais devem ser brancos ou portadores do gene recessivo, com probabilidade de 25% a 100%. Em cativeiro, sua dieta consiste em cerca de 30 kg de carne por semana, incluindo bovina e frango, ajustada por zootecnistas. Participam de programas de conservação, com reprodução planejada e monitoramento genético, incluindo possibilidade de reintrodução em habitat natural.

Hábitos 

Leões-brancos são carnívoros. A dieta semanal fornecida no Zoo gira em torno de 30 kg de carne, incluindo bovina e frango, ajustada individualmente por zootecnistas. A equipe técnica realiza acompanhamento detalhado, incluindo avaliação de saúde, nutrição e comportamento, assegurando bem-estar e adaptação adequada.

Os leões-brancos participam de programas internacionais de conservação, incluindo reprodução planejada e monitoramento genético. Desde 2004, os esforços permitiram a reintrodução de leões-brancos em áreas naturais, incluindo três prides de alta integridade genética na região de Timbavati/Kruger. Atualmente, existem apenas 18 leões-brancos na natureza e menos de 300 em cativeiro.

O Zoológico de Belo Horizonte possui ampla experiência no manejo de grandes felinos e outros animais de megafauna. A equipe técnica inclui biólogos, veterinários, zootecnistas e tratadores especializados. A instituição já possui outros grandes felinos, como leões, onças pintadas e pardas, garantindo manejo seguro, cuidados médicos, nutrição adequada e bem-estar animal. 

A equipe técnica do Zoo de BH realiza acompanhamento detalhado da saúde, nutrição e comportamento, garantindo adaptação adequada e bem-estar. Sandra destacou que o manejo com grandes felinos já é rotineiro na instituição, que também abriga outros leões, onças pintadas e pardas. 

A expectativa é que o casal possa se reproduzir no zoológico, com monitoramento genético e cuidados humanos. Sandra explica que a expectativa de vida na natureza é de cerca de 20 anos, podendo aumentar em cativeiro graças à ausência de predação e cuidados contínuos de saúde.

“O bem-estar dos animais é nossa prioridade. Eles ainda estão se familiarizando com os novos tratadores e veterinários, mas a adaptação está ocorrendo de forma muito tranquila. São animais reprodutivos e ativos”, explica Sandra.

Para que a visita seja tranquila e divertida o zoológico recomenda que os visitantes mantenham silêncio próximo aos recintos, respeitando o período de adaptação dos animais. A contemplação do comportamento natural dos leões é incentivada, evitando qualquer tentativa de interação direta.  

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“É importante reforçar ao visitante a importância de adotar boas práticas de visitação a um espaço de conservação de fauna: respeitar os animais, fazer silêncio para não lhes causar estresse e contemplar seu comportamento natural sem tentar intervir ou chamar sua atenção, especialmente nas primeiras semanas”, explica Valéria Pereira, chefe da seção de mamíferos do Zoo de BH.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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