Mãe mandou o filho pagar propina a um dos presos na Operação Rejeito
Gilberto Henrique Horta de Carvalho recebeu, em 2022, valores indevidos de Phillipe Westin Deroma Furtado a mando da própria mãe, Ursula Paula Deroma
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Siga noUm dos alvos da "Operação Rejeito", deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (17/09), teria recebido propinas referentes à flexibilização para a exploração da Mina Boa Vista, situada na Serra do Curral, na divisa de Belo Horizonte com Sabará.
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A lavra era operada pela Mineradora Gute Sicht, uma das empresas envolvidas na Operação Rejeito. No entanto, o caso de pagamento de propina foi descoberto em outra ação da PF, que também visava o combate a ilegalidades na atividade minerária: uma das etapas da Operação Poeira Vermelha, deflagrada em 2022.
Naquele ano, Ursula Paula Deroma, que dirigia uma das empresas investigadas, solicitou ao próprio filho, Phillipe Westin Deroma Furtado, que pagasse o valor de R$ 7.500 referente a propina a Gilberto Henrique Horta de Carvalho, que é um dos presos nesta quarta-feira (17/09) pela Operação Rejeito.
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Geógrafo e articulador da organização criminosa junto a órgãos ambientais e à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gilberto Henrique Horta de Carvalho atuou para dificultar projetos de lei de proteção da Serra do Curral e obteve licenciamento ambiental ilícito para a Patrimônio Mineração Ltda., recebendo R$ 700 mil da Fleurs Global via sua empresa, a GH Sustentabilidade.
Desde 2019, a Gute Sicht foi notificada cerca de 90 vezes por irregularidades na exploração de minério na Mina Boa Vista. Em 2022, a empresa chegou a ter as atividades suspensas por operar em área tombada da Serra do Curral.
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