ZONA DA MATA

MG: mulher agride ginecologista ao acusá-lo de importunação em consulta

Paciente e médico, que já foi vereador em Juiz de Fora, foram levados para a delegacia, ouvidos e liberados. Profissional negou o crime

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Uma mulher de 46 anos procurou a Polícia Militar em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, para denunciar um médico, de 74, por importunação sexual durante uma consulta no Centro de Especialidades Norte (CEN) do Bairro Benfica, na Zona Norte da cidade, na manhã dessa terça-feira (29/7). O profissional acabou agredido pela paciente, que teve um acesso de raiva.

A mulher relatou que, inicialmente, foi à policlínica para se consultar com um dermatologista, mas decidiu aproveitar que estava no local e solicitou uma consulta ginecológica de rotina — momento no qual o crime sexual teria acontecido, com uma série de comportamentos inadequados do profissional.

“Seus seios estão durinhos e bonitos. Quantos parceiros você já teve?”, disse o médico, segundo relato da paciente à Polícia Militar. O ginecologista e obstetra, que já foi vereador em Juiz de Fora com mandatos de 1977 a 1982 e 1983 a 1988, também teria dito que a genitália da paciente estava “apertadinha”. Em seguida, conforme relato da paciente, o médico fez carícias em sua barriga e perguntou: “Você tem certeza que não quer?”.

A mulher contou que saiu aos prantos da sala de consulta e pediu ajuda a uma enfermeira, quando as duas entraram em um banheiro, e a vítima, como forma de desabafo, “relatou o fato à profissional”, narra a polícia no boletim de ocorrência.

A enfermeira, por outro lado, disse aos militares que a paciente não confidenciou nada grave sobre a conduta do ginecologista, mas mostrou insatisfação ao saber qual era o médico que a atenderia. Ela já teria se consultado com ele em 12 de junho. A profissional também afirmou que flagrou a paciente saindo da sala de consulta chorando.

Depois de falar com a enfermeira, a paciente ligou para o filho, que se deslocou à policlínica. Ela declarou que voltou a ver o médico passando por um corredor, avançou sobre ele e deu um soco em seu rosto, pois estava muito revoltada. Funcionários da unidade intervieram.

O que diz o médico?

Procurado pelos militares, o médico negou ter feito comentários inadequados ou tido condutas impróprias. Segundo contou, ele realizou a apalpação das mamas e usou uma espéculo, instrumento que serve para ser inserido na cavidade vaginal, a fim de facilitar a visualização da área interna.

Depois, coletou material para exame e explicou que percebeu um furúnculo no abdômen, o que motivou o toque nessa região. O ginecologista ainda pontuou que perguntar sobre parceiros sexuais é uma prática comum em decorrência da especialidade médica.

O profissional e a paciente prestaram esclarecimentos na delegacia e foram liberados. O caso será apurado pela Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam).

Prefeitura diz que vai instaurar “procedimento interno”

Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Secretaria de Saúde, disse que repudia qualquer forma de violência nas unidades de atendimento e informa que será instaurado procedimento interno para apuração dos fatos, com garantia do direito ao contraditório e à ampla defesa.

“A Secretaria informa, ainda, que a usuária recebeu prontamente os cuidados clínicos necessários, permanecendo sob acompanhamento até o momento em que pôde se dirigir à delegacia para registrar boletim de ocorrência e prestar depoimento. O médico agredido também foi imediatamente atendido pela equipe, recebendo todos os cuidados necessários após a agressão. Ele também registrou a ocorrência, se apresentou às autoridades competentes e permanece à disposição para os devidos esclarecimentos”, explicou o Executivo municipal.

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