MUITA FUMAÇA

Grande BH: incêndio criminoso às margens da BR-381 compromete visibilidade

Fogo foi provocado por dois rapazes e atingiu dois pontos na Serra do Espinhaço, segundo Corpo de Bombeiros

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A BR-381 ficou encoberta por fumaça e com a visibilidade comprometida na altura do KM 425, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (30/7), por causa de um incêndio às margens da estrada. A reportagem do Estado de Minas flagrou o momento em que os bombeiros atuavam para controlar os focos e impedir a propagação do fogo.

As chamas, segundo o Corpo de Bombeiros (CBMMG), foram provocadas intencionalmente por dois jovens em dois pontos distintos da vegetação que margeia a rodovia. O motivo por trás do incêndio, conforme relataram os militares à reportagem, seria a tentativa de renovar o capim para o pasto, prática ilegal e perigosa, mas ainda comum em áreas rurais de Minas.

A ocorrência foi atendida pelo Terceiro Pelotão de Bombeiros de Nova União. Por volta das 17h, os militares usaram drones para mapeamento da área e início do combate às chamas, que se propagam rapidamente em períodos de seca, como agora em julho. 

Área atingida

Segundo o tenente Ribeiro, que coordenava os trabalhos no local, os dois focos ainda estavam longe da Serra do Espinhaço. “A estiagem combinada à baixa umidade relativa do ar agrava o cenário e cria condições perfeitas para que focos se transformem em grandes incêndios”, disse.

A fumaça tomou parte da pista, prejudicando a visão dos motoristas que passavam pelo trecho. De acordo com informações do CBMMG, emitidas por volta de 18h30, cerca de 11 hectares foram atingidos pelas chamas, e a ocorrência segue em andamento.

De acordo com a corporação, havia o risco das chamas atingirem um caminhão quebrado carregado com transformadores e que estava próximo. 

Crime ambiental

A prática de atear fogo em áreas de vegetação é crime ambiental previsto no artigo 41 da Lei nº 9.605/98, com penas que variam de 2 a 4 anos de reclusão e multa, nos casos mais graves, com dolo (intenção). Em 2024, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou 91 pessoas por esse tipo de crime, número 14% maior do que o registrado em 2023. No entanto, a quantidade de ocorrências segue muito acima dos responsáveis identificados.

Boa parte dos incêndios continua sem autoria conhecida, como é o caso do incêndio desta quarta, que apesar de ter testemunhas, é difícil identificar os suspeitos já que eles fugiram a pé. O processo até chegar a responsabilização depende de laudos periciais e relatos de testemunhas. Só após a conclusão do inquérito, a Polícia Civil pode formalizar a denúncia, e a Justiça, dar início à ação penal.

No ano passado, mais de 200 pessoas foram presas em Minas por crimes relacionados a incêndios ambientais. A legislação brasileira permite queimadas controladas apenas com autorização do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e sob condições específicas. Quando feitas fora das regras, podem gerar incêndios de grandes proporções.

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Nos casos em que não há intenção deliberada de causar o incêndio, os autores geralmente assinam um termo de compromisso e são liberados.

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