GASTRONOMIA & CULTURA

Coxinha de bar mineiro vira patrimônio cultural de Minas

Delícia feita com pernil e tradição familiar agora é oficialmente reconhecida como bem de interesse cultural e gastronômico do estado

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A coxinha de pernil do Bar Apolo, famosa entre os moradores e visitantes do município de Araguari, no Triângulo Mineiro, foi oficialmente reconhecida como bem de relevante interesse cultural e gastronômico do estado. A Lei nº 25.403, sancionada na última segunda-feira (28/7) e publicada no Diário Oficial do Estado, valoriza não apenas o sabor singular do salgado, mas sua importância na identidade cultural da cidade e da culinária mineira.

Aprovada pela Assembleia Legislativa com base no Projeto de Lei nº 2.718/2024, de autoria do deputado Raul Belém (Cidadania), a norma destaca a relevância histórica, afetiva e econômica da coxinha criada há mais de cinco décadas por Vilma de Fátima Clemente Salomão, fundadora do Bar Apolo.

Desde 1971, a receita de massa crocante e recheio de pernil bem temperado conquistou gerações e ultrapassou fronteiras: hoje, é vendida inclusive em outras cidades por comerciantes que fazem questão de destacar sua origem - Coxinha do Bar Apolo de Araguari.

O reconhecimento se baseia na Lei estadual nº 24.219/2022, que institui diretrizes para a valorização de expressões culturais da sociedade mineira. Segundo o texto da nova lei, a coxinha é um símbolo de cuidado artesanal e ligação entre memória e território.

Bar Apolo, localizado no triângulo mineiro
Bar Apolo, localizado no Triângulo Mineiro Reprodução/Google Maps

Uma receita com história

O Bar Apolo nasceu da dedicação de Vilma e sua família, que transformaram um pequeno comércio de bairro em um ponto de encontro afetivo da cidade. A receita da coxinha, preparada com carne de pernil cuidadosamente selecionada e temperada com um segredo de família, passou a ser o carro-chefe do local. Segundo relatos dos frequentadores, o sabor marcante da iguaria é inseparável das lembranças da infância, das conversas de balcão e das histórias vividas em torno do bar.

Cultura que se come

O conceito de patrimônio cultural vai muito além de igrejas barrocas ou festas populares. A gastronomia, com seus modos de fazer, ingredientes e saberes transmitidos de geração em geração, também é parte essencial da cultura de um povo. Ao reconhecer a coxinha do Bar Apolo como bem de interesse cultural, a relação entre comida e identidade é legitimada.

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*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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