Clara Maria: Justiça começa a ouvir testemunhas sobre assassinato brutal
Thiago Schafer Sampaio e o colega dele, Lucas Rodrigues Pimentel, estão presos preventivamente. Clara Maria foi morta em 9 de março, em Belo Horizonte
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Siga noA Justiça vai começar a ouvir na manhã desta quinta-feira (3/7) testemunhas arroladas no processo sobre o assassinato brutal em Belo Horizonte de Clara Maria Venâncio Rodrigues. Thiago Schafer Sampaio é apontado como o responsável pelo enforcamento da jovem de 21 anos, e o colega dele, Lucas Rodrigues Pimentel, foi acusado de auxiliar na ocultação do corpo.
Thiago e Lucas tornaram-se réus em 3 de abril deste ano. Na ocasião, a Justiça determinou a manutenção da prisão preventiva. Além dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, eles respondem por furto qualificado, já que o aparelho celular da vítima teria ficado com eles.
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A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza do Tribunal do Júri presidirá a audiência de instrução a partir das 13h30. A expectativa é que, além das testemunhas, os réus também sejam ouvidos.
Relembre o caso
Clara Maria foi encontrada morta na casa de Thiago, no Bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, em 12 de março. O assassinato aconteceu no dia 9 do mesmo mês, dia em que a jovem desapareceu.
Na noite do crime, a jovem avisou ao namorado que iria se encontrar com o ex-colega de trabalho, Thiago, em frente a um supermercado na avenida Fleming e, depois, iria para casa. Como ela não retornou, o namorado e amigos em comum com Clara Maria iniciaram as buscas.
Thiago tinha uma dívida de R$ 400 com a vítima, contraída quando ambos trabalhavam juntos em uma padaria localizada no mesmo bairro onde o suspeito morava. No dia do desaparecimento, ele teria entrado em contato com Clara Maria e manifestado a intenção de pagar a dívida.
“Um detalhe importante é que essa dívida não estava sendo cobrada pela vítima, mas foi usada como desculpa para que o suspeito pudesse encontrá-la na noite do crime”, destacou o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca em coletiva à imprensa na ocasião.
Inicialmente, Thiago afirmou que a intenção ao atrair Clara até a sua casa era subtrair valores da conta bancária dela, por meio do celular. No entanto, ele também declarou que ficou com ciúmes quando, dias antes do assassinato, viu a jovem acompanhada do namorado em uma cervejaria.
Thiago estava sozinho em casa quando foi preso. Os investigadores relataram que já era possível sentir um forte cheiro assim que se aproximaram do imóvel. Logo na entrada havia uma área de jardim com uma fina camada de cimento aplicada recentemente. A estrutura foi removida com facilidade, e parte do corpo de Clara apareceu. O suspeito recebeu voz de prisão naquele momento.
Lucas Rodrigues Pimentel também foi preso em casa, em Santa Luzia, na Grande BH. Ele trabalhava na mesma avenida em que fica a padaria onde Clara era auxiliar de cozinha. Foi nesse estabelecimento — localizado no mesmo bairro (Ouro Preto) onde o corpo dela foi encontrado — que ela e Thiago se conheceram.
Lucas confessou, segundo a Polícia Civil, que nutria ódio pela jovem depois de ter sido repreendido por ela em público após fazer apologia ao nazismo. Depois, teria admitido a amigos que queria ver a jovem morta.
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