GREVE DOS PROFESSORES

Audiência entre professores e PBH termina sem acordo e greve continua

A reunião aconteceu nesta quarta-feira (2/7).Categoria realiza nova assembleia nesta quinta-feira para discutir os rumos do movimento

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A audiência de conciliação entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de BH (Sind-Rede/BH) terminou sem acordo prévio nesta quarta-feira (2/7). Uma assembleia marcada para às 16h desta quinta-feira (3/7) deve decidir qual o rumo do movimento com professores em greve desde 6 de junho.


A audiência aconteceu no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), na Avenida Afonso Pena, Região Centro-Sul da capital. Manifestantes param o trânsito em frente ao local onde acontecia a reunião


A professora da rede municipal de ensino de Belo Horizonte e dirigente do Sindrede-BH, Vanessa Portugal  disse que a prefeitura manteve a posição de não mudar o índice de recomposição salarial para 2025. 


“A PBH também apresentou uma questão relativa ao pagamento das férias-prêmio que estão em atraso, e uma possível bonificação de R$ 250 ao ano para os aposentados”, relatou a professora. Mesmo com as afirmações, a audiência terminou sem um acordo. Segundo a sindicalista, nesta quinta-feira (3/7) a categoria fará mais uma assembleia para discutir os rumos da greve.

Em relação aos próximos passos da paralisação, Vanessa disse: "A assembleia é soberana, não tem como antecipar o resultado. Se a greve não termina, continuamos o processo de pressão sobre a prefeitura para que tenhamos uma negociação".


O que foi discutido 


O desembargador Leopoldo Mameluque, que foi contra o pedido do prefeito Álvaro Damião (União Brasil) de interromper a greve, foi quem comandou a audiência. Vanessa conta que o magistrado perguntou sobre a possibilidade de servir alimentação nas escolas para as crianças de insegurança alimentar. "Nós reafirmamos o que a gente já tem dito. As escolas não vão se negar alimentar os seus próprios estudantes que estejam em em situação de fome”, afirma.


Antes dessa assembleia dos professores, o Sind-Rede, pediu uma outra reunião entre as partes para rever pontos debatidos e encontrar possíveis novas propostas a serem apresentadas aos professores municipais.


Leopoldo Mameluque afirmou que a audiência foi produtiva: "Logicamente, o sindicato não pode resolver nada sem consultar os membros da assembleia geral. Foi feito um avanço na proposta inicial apresentada, como rodar uma nova folha de pagamento para anular o cancelamento do ponto, além de outras propostas que serão analisadas pela categoria", afirmou.


Ele defende que o impasse entre o sindicato e a PBH se resolva o quanto antes: “Sabemos que é sempre melhor que tudo seja resolvido sem a necessidade de imposição, e sim, por meio da conciliação", diz o magistrado.


Reivindicações dos professores


Os professores da rede municipal reivindicam 6,27% de recomposição salarial, retroativo a janeiro, com base na correção do piso nacional do magistério e o preenchimento das vagas do quadro de educadores, além da redução do número de estudantes por sala de aula.


O que a PBH oferece, em contrapartida, 2,49% de aumento, valor que já foi concedido a trabalhadores de outras áreas, mas apenas a partir de maio de 2026.


Desdobramentos da greve


Na última sexta-feira (27/6), o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) anunciou que a categoria não receberia pelos dias não trabalhados.


Já na segunda-feira (30/6), a PBH confirmou o anúncio do prefeito e declarou que todos os trabalhadores que tiverem dias não-trabalhados, ou seja, que estiveram e/ou estão na paralisação, terão as datas descontadas da folha de pagamento. Essa decisão também foi contestada pelos professores.

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*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos

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