Comandante-geral da PM rebate críticas ao sistema de reconhecimento facial
A chegada da tecnologia como aliada às forças de tecnologia é vista com bons olhos por Carlos Otoni. 'Muita relevância e importância'
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Siga no“Quem está com alguma dívida com a Justiça não tem privacidade. A pessoa já foi privada, inclusive, do bem maior que é a liberdade”, afirmou o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), coronel Carlos Frederico Otoni Garcia, sobre críticas recebidas em relação ao sistema de reconhecimento facial. A declaração foi feita em entrevista ao Em Minas desse sábado (14/6), programa realizado em parceria entre o Estado de Minas, o Portal Uai e a TV Alterosa.
Em uso desde o começo deste ano, o sistema já tem mais de 400 pessoas identificadas e com mandado de prisão em aberto, segundo Garcia. Na época do carnaval, quando o reconhecimento facial estava em uso há 50 dias, a tecnologia identificou 72 pessoas em quatro dias de folia. No entanto, o método foi alvo de críticas sobre invasão de privacidade.
“Não vejo como invasão de privacidade. Só realizamos a abordagem a partir de um determinado índice de assertividade, e logicamente ele puxa no banco de pessoas com mandados de prisão em aberto. Com esse efeito comparativo, realizamos a abordagem”, afirmou o comandante.
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As câmeras com reconhecimento facial são instaladas em bases de segurança e no sistema de videomonitoramento. Assim, as imagens captadas são enviadas em tempo real a uma central de monitoramento, onde são processadas e comparadas com o banco de dados da PM. “Falar de quem está com alguma dívida com a justiça, que ela tem privacidade, não, ela não tem”, rebateu.
Segundo o comandante, o sistema também pode ser utilizado junto aos drones. “Para um local onde está sendo realizado um grande evento”, explicou.
Tecnologia na segurança pública
A chegada da tecnologia como aliada às forças de tecnologia é vista com bons olhos por Carlos Otoni. “Vejo com muita relevância e importância. Hoje, estamos investindo em vários sistemas e tecnologias justamente para agregar ao fator humano, que já é muito bem treinado e capacitado”, disse.
A exemplo, o coronel citou os drones que são compostos também por sirenes e comunicadores, o sistema de reconhecimento facial, e o sistema Hélios, desenvolvido pela PM e que passa por melhorias. O último realiza a leitura de placas, identificando veículos roubados, furtados, os que têm algum impedimento ou que participaram de algum tipo de crime.
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Além disso, ele destaca o desenvolvimento de um “cercamento eletrônico digital”. “Para que as nossas divisas estejam monitoradas e todas as cidades tenham a possibilidade de ter monitoramento e acompanhamento. Isso facilita muito porque, por exemplo, um roubo aconteceu em um determinado veículo, então na hora que tenho a informação das características do veículo, lanço no sistema no Hélios, que vai identificar a localização”, descreve.
Onde assistir
O "Em Minas" é uma parceria entre a TV Alterosa, o jornal Estado de Minas e o Portal Uai. O programa vai ao ar aos sábados, às 19h30, simultaneamente na televisão e no YouTube (youtube.com/portaluai). A versão online conta com um terceiro bloco exclusivo.
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O Estado de Minas publica o conteúdo da entrevista com Carlos Frederico Otoni em textos no portal em.com.br e no jornal impresso de domingo (15/6).