Inovação e tecnologia pela vida
Clínica Origem, especializada em tratamento de reprodução humana, completa 30 anos
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A Clínica Origem, especializada em oferecer tratamentos de reprodução humana com tecnologia avançada, pesquisa científica e atendimento humanizado para casais que sonham em ter filhos completa 30 anos de fundação, e continua sendo referência no que há de mais moderno no campo da reprodução assistida e a mais humana no quesito cuidado, bom atendimento, acolhimento, respeito e bem-estar dos pacientes.
Criada pelos médicos especialistas Marcos Sampaio e Selmo Geber, conta hoje com uma grande equipe médica e de embriologistas, e tem à frente o seu fundador, Marcos e Guilherme Geber, filho de Selmo, que faleceu em 2021, vítima de um câncer raro.
A criação da Clínica foi no mínimo curiosa. Dois renomados médicos brasileiros que não se conheciam pessoalmente, apenas de nome. Dr. Marcos Sampaio, que fez toda sua especialização na Espanha e Austrália, onde morava na época, e dr. Selmo Geber, que se especializou na Inglaterra, onde residia.
Sampaio precisou retornar ao Brasil. Na época teve um Congresso Internacional em Salvador, do qual ambos participaram. Se encontraram nos corredores, crachás virados, conversa em inglês. Neste bate papo, os crachás viraram de frente e, só então souberam quem eram. Amizade imediata e uma grande ideia: montar uma clínica juntos. Marcos é baiano, Selmo, carioca, mas criado em Minas desde os dois anos de idade. Selmo disse que topava ir para Salvador e Marcos respondeu que tudo já estava encaminhado para ele vir para Minas. Se combinassem não daria tão certo. Assim nasceu a Clínica Origem, em 1995, em Belo Horizonte.
Dr. Marcos faz questão de frisar que foi uma parceria de sucesso e de muita amizade. “Selmo e eu nunca tivemos uma discussão sequer”. O motivo de toda essa harmonia foi por que cada um ficou responsável pela área que mais gostava, e cada um gostava da área diferente do outro. Divisão natural, perfeita, sem nenhum problema nem atrito. E não tem nada mais gratificante do que você fazer apenas o que gosta. Por isso, a perda de Selmo é sentida até hoje.
Crescimento
“Na época que começamos a clínica era médico e paciente, as pessoas não tinham muita informação, e focamos na parte científica. no resultado. Isso fez a diferença e crescemos muito rápido”, relembra. Nessa época não existiam muitos embriologistas, eram biólogos que faziam as vezes desse profissional, e mais uma vez a dupla saiu na frente, porque ambos tinham essa especialização, com grande experiência no exterior.
Quando a Origem abriu suas portas já existiam três clínicas especializadas na cidade. Porém, Selmo e Marcos tinham domínio da técnica mais avançada da época que era a micromanipulação do embrião, e a micromanipulação do óvulo. Só eles tinham os equipamentos para esse procedimento. Isso resultou em um crescimento rápido da clínica e ainda prestavam serviço para os concorrentes.
A dupla era muito jovem, e como todo jovem, tinha uma inquietação natural, queria expandir o negócio, e conseguiu. Surgiu a oportunidade e abriram uma Clínica Origem no Rio de Janeiro, com um sócio local. E depois abriram outra, em São Paulo. E a de Belo Horizonte continuava a crescer, e foi preciso abrir uma sede própria. Um grande sonho que se tornou realidade, o prédio na Av. do Contorno. E o crescimento acelerado continuava, mas sempre focado no propósito da clínica.
Esse crescimento não se devia apenas ao empenho dos sócios, carinho e acolhimento aos pacientes, mas ao constante investimento em inovação, na busca pelos tratamentos mais avançados. A Clínica Origen foi a primeira a ter biópsia de embrião, e várias técnicas avançadas de reprodução assistida.
Orgulho
Depois do falecimento do dr. Selmo houve uma mudança na clínica. Dr. Marcos trouxe mais médicos para a Origen, inclusive Guilherme Geber, filho de Selmo, que seguiu os passos do pai, mas infelizmente não chegou a tê-lo como professor, na Faculdade de Medicina. Mas Guilherme fala do orgulho que tem de ver como a clínica do pai está hoje, a relevância dela na cidade e conta, com saudade, do amor que o pai sentia pela profissão. “Ele me incentivava a seguir este caminho, desde que eu era pequeno, sem nunca me impor nada, mas só de ver olhos dele brilhando quando falava do trabalho e dos sucessos alcançados na clínica, fui contagiado e isso me levou à escolha pela profissão. Tive a oportunidade de acompanhar os passos do meu pai aqui dentro, através do dr. Marcos, que tive a honra de ter como padrinho e mentor”, conta o profissional.
Um dos sucessos da Clínica é a equipe de atendimento, porque o acolhimento e o bem-estar do paciente é um ponto importantíssimo. Segundo dr. Marcos, entre a época que o casal descobre sua infertilidade e a procura por uma clínica de reprodução assistida, demora em média oito anos. O que representa um nível de estresse altíssimo, por causa das constantes decepções, e da culpa por já ter ouvido muitas vezes “isso é psicológico”. Se a mulher acredita que é psicológico ela se sente culpada, ficando culpada sobe o cortisol, subindo o cortisol perde a libido, perdendo a libido não transa, sem sexo não engravida. Como diz dr. Marcos Sampaio, ter filho sem sexo, só Maria.
Dificuldades naturais
Como explicar por que a mulher não pode engravidar? O exame mais importante de morfologia para a mulher é de 1910. Não conseguiram descobrir outra técnica melhor, e as que descobriram são tão caras que ninguém faz. A alternativa é uma cirurgia, que também deseja. “Evolui o tratamento, mas não evolui o diagnóstico. Por isso as mulheres preferem tratar em vez de descobrir o porquê.”
Outro avanço é o congelamento de óvulos, e isso está acarretando um problema mundial, que é a falta de reposição de população no mundo. No Brasil, se pegarmos só as classe A e B, que são as que realmente contribuem para o INSS, o grau de reprodução é 1.1 e tem que ser 2.1. Provavelmente, daqui a 10 anos teremos outra crise da Previdência. Antigamente, os casais tinham de 2 a 3 três filhos, hoje, muita gente só quer congelar óvulos porque não sabe se quer ter filhos, outra parte, se tiver, é um só. E um percentual mínimo pensa em ter dois.
Sobre a questão de as mulheres estarem se casando mais tarde, e, com isso, engravidando com mais de 35, 40 anos, dr. Marcos diz que não tem nenhum problema do ponto de vista obstétrico, se fizer um bom pré-natal. O problema é o óvulo, a célula mais nobre do corpo, por ser a célula que gera, e ele envelhece muito rápido. “O processo de envelhecimento do óvulo começa, no máximo, aos 35 anos. Se pegarmos 100 mulheres de 18 anos querendo engravidar este mês – mulheres e maridos sadios – vão engravidar 20 (20%), com 38 anos são 12%, e com 40 anos são 5%, com 45 anos, são 2%”, explica.
Hoje, os métodos que mais ajudam na reprodução assistida são os novos meios de cultivo, as incubadoras com inteligência artificial time-lapse, a robótica, e a padronização, as pessoas aprenderem a padronizar. Mas a evolução é muito lenta.
Se o máximo de gravidez na mulher fértil é 20%, com 20 anos de idade, 50% dos óvulos humanos não servem para nada. A mulher ovula só um por mês, a cada dois meses, um mês ela não tem chance nenhuma. No espermatozoide é ainda pior. Se a pessoa tem problema, é pior ainda.
Experimentar novos processos em humanos é mais cuidadoso ainda, e isso torna a questão mais lenta.