Design com propósito

Fundada em Brasília há cinco anos, a Jeans do Bem se posiciona no mercado de luxo como marca com veia sustentável e social

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A inclusão social e a costura sempre fizeram parte da vida de Laura Oliveira, natural de Cuiabá (MT), mas moradora de Brasília há 28 anos e fundadora da Jeans do Bem e do Levvo Instituto. Ela, que aprendeu a costurar aos 12 anos na escola de irmãs que frequentava, pensou em aliar a sustentabilidade, o social e o artesanato em uma só marca e, assim, nasceu a Jeans do Bem.


A gênese da grife foi o Programa Oficina de Costura Mais Renda, que veio da parceria do Levvo Instituto com o Senai e foi lançado em 2019, antes da marca ser criada de fato. O objetivo da marca era arrecadar peças em jeans, banner ou lona por meio das seis franquias do Mcdonald's das quais Laura é proprietária (que funcionam como pontos de coleta), higienizá-las e transformá-las em novas roupas com o trabalho de costureiras do instituto. “Começamos 100% como uma ação social e com 100% do jeans reciclado”, destaca Laura, a fundadora.


O upcycling, esse processo de reformar roupas usadas ou já fabricadas na produção de novos e remodelados itens, continua sendo um pilar da Jeans do Bem, que celebra cinco anos de existência e se posiciona no mercado de luxo nacional.


Agora, a marca conta com mais de 20 pontos de coleta, onde as roupas doadas são recolhidas. As peças são reformadas de acordo com desenhos de uma estilista e, então, as costureiras são remuneradas por meio do instituto. “Temos um contrato que prevê que 30% do lucro da Jeans do Bem sejam direcionados ao Instituto”, ressalta Laura.


Hoje, 30% do jeans usado vêm do upcycling, isto é, de roupas doadas, e os tecidos novos utilizados são sustentáveis, fabricados com algodão brasileiro com rastreabilidade e certificação da Better Cotton Iniciative e Algodão Brasileiro Responsável. Ao todo, a Jeans do Bem já lançou três coleções.


Lançamento

A coleção mais recente, intitulada Ressignificar, foi desenhada pela jovem estilista Manuela Abdalla. Apesar da pouca idade, ela tem passagem por escolas importantes no mundo da moda, a exemplo do Instituto Marangoni de Milão, na Itália.


Assim como as coleções anteriores, essa utiliza jeans de diferentes tons em sobreposições, formando um patchwork. Os modelos são modernos e descolados, com bolsos e golas em tonalidades distintas, assimetria e uso de formas geométricas e linhas retas. “A gente fala que é uma engenharia para montar uma peça”, explica Manuela.


A marca e, especialmente a nova coleção, mostra que é muito possível construir um look moderno e sofisticado todo em jeans. “Jeans com jeans rola, e muito”, diz a estilista, que confronta a ideia de que a mistura do mesmo tecido não orna.


Outro aspecto que Manuela destaca é que, até por utilizar o upcycling, as tonalidades das peças são sempre diferentes. ”Uma peça nunca vai ser igual a outra, são realmente únicas”.


Instituto Levvo

Criado por Laura em 2018, o Instituto Levvo é uma instituição sem fins lucrativos que leva, em seu nome, as iniciais dos filhos da fundadora: Laura, Enzo, e Valentina, além das primeiras letras dos sobrenomes Vieira e Oliveira. O projeto é um dos braços do Grupo Levvo, que já existe há mais de 26 anos no mercado brasileiro, investindo em projetos sociais, culturais, educacionais e sustentáveis. n

*Estagiária sob supervisão da jornalista
Isabela Teixeira da Costa

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