Arte de morar bem

CasaCor Minas celebra 30 anos, em bela edição, em prédio histórico em Lourdes

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A trigésima edição da CasaCor Minas tem como tema “Semear Sonhos”, com o propósito de trazer reflexões sobre o futuro das cidades e das moradias, com desdobramentos que impactam diretamente o presente. Foi isso que João Grilo e Ernesto Lolato fizeram em 1995, quando trouxeram para cá, com coragem e ousadia, a primeira edição da mostra. Semearam um sonho e ele se tornou realidade, com tanta força que fomentou todo o setor da descoração, arquitetura, lojistas e fornecedores do segmento.
João Grilo, que há alguns anos se afastou da direção da CasaCor, deixando à frente do evento a irmã Juliana Grilo e o sócio Eduardo Faleiro, mas é ser sócio e diretor da Multicult, falou bonito na abertura desta edição, relembrando o ínicio e a importância da CasaCor. Homenageou os profissionais do setor nas pessoas de Carico, Veveco Hardy – que está sendo homenageado no ambiente de sua filha Joana – e Freuza Zechmeister.

A Confraria – Beth Nejm
A Confraria – Beth Nejm Gustavo Xavier/divulgação


O prédio tombado, de 1941, que abrigou por mais de cem anos o Instituto Metodista Izabela Hendrix, e que será sede da PUC Lourdes, recebe a mostra até 5 de outubro. Para a 30ª edição da CasaCor Minas foram usados dois andares do prédio principal, o pátio e o espaço onde era o Infantil e mais tarde foi área da Faculdade de Arquitetura. Está lindo, ambientes que se destacam, obras de arte de grande importância. O resultado foi tão bom que poderiam ter feito o terceiro andar. Esta edição conta com 49 ambientes, assinados por 74 profissionais das áreas de arquitetura, design e paisagismo.

Ambiente Jardim de Bruna Raid
Ambiente Jardim de Bruna Raid Jomar Braganca/divulgação

O Circuito

A Bilheteria Prelúdio tem projeto de Carolina Galantine e Letícia Lopes e foi pensada para ir além de um ponto de acesso, oferecendo um ambiente que une funcionalidade e acolhimento. O belo Living do Colecionador, de Joana Hardy, esbanja conceito e autoralidade. Destaque para a homenagem que faz ao seu pai, o renomado e saudoso arquiteto Veveco Hardy, com uma tapeçaria criada por ele e feita pela Marie Camille – série especial histórica – e pelas luminárias e arandelas desenhadas por Joana para a .autoral. Lindas.

Ana Bahia assina a Sala Brasileira, numa composição ousada e sofisticada, cheia de detalhes. O corredor principal foi transformado em uma galeria de arte que termina na Cozinha, de Paulo Campos e Sarah Floresta, da Balsa Arquitetura.


A Confraria, de Beth Nejm apresenta um espaço voltado para receber e confraternizar. Destaque para o painel desenvolvido pelo Studio K2, que desconstrói digitalmente a obra Feira de Camponeses (1570), de Peeter Baltens. Camila Medrado assina a Sala: Tempo para Decantar, inspirada nos princípios da neuroarquitetura, convidando a momentos de pausa e descanso.


O Living Mineiridade, de Flávia Roscoe, se destaca pela união do design com o conforto, marcada pela presença da arte, com destaque para as obras da artista Maria Lira Marques, exaltando as riquezas do Vale do Jequitinhonha, em contraste com a contemporaneidade dos trabalhos de Ricardo Homem e Bruno Cançado.

Ambiente Cozinha Quinta Andar da Balsa Arquitetura
Ambiente Cozinha Quinta Andar da Balsa Arquitetura Jomar Bragança/divulgação


A sala Elos, de Gislene Lopes, é um convite ao encontro e convivência. O espaço conta com várias pecas desenhadas pela arquiteta. A Suíte Hotel Ouro do Cerrado, de Sérgio Viana e conecta a história de Minas com a arquitetura contemporânea.


Seguindo pelo Corredor Raffaello Berti, uma intervenção assinada pela equipe da Hardy Design, criando uma experiência imersiva que celebra a arquitetura do edifício. Cris Capanema assina o Closet. A Sala de Jantar de Pedro Lázaro é um ode ao conteúdo, valorizando a bagagem cultural e histórica, proporcionando com maestria o encontro da arte com o design.


O Quarto das Quatro, de Djalma Ugoline, celebra os vínculos familiares com o quarto das netas. No Banho Violeta, Luisa Mano provoca ao questionar a beleza que ultrapassa o tempo, mostrando que passado e presente podem conviver de forma harmoniosa, sem sobreposições. Destaque para as três luminárias de teto da A. de Arte.


No Living Raízes, Manuela Senna, apresenta uma sala-bar em tons terrosos, inspirada na arte de receber. Francisco Morais, da Framo Arquitetura, também investe no receber em seu Encontro e Alento, um espaço que acolhe.


No Quarto de Estar, Dunia Zaidan traz neutralidade e elegância, com personalidade. O Espaço Singular de Ana Paula Paolinelli propõe uma nova leitura para o living integrado ao jantar. O Hall Entretempos, de Janaina Araujo traz uma intervenção sutil que mistura peças do design fazendo um diálogo entre memória e atualidade.

No Loft Essência, de Graziella Nicolai, a ideia foi representar um refúgio pensado para uma mulher independente e autêntica, que valoriza o silêncio das pausas.

Depois da visitação nada melhor que sentar em ambientes abertos, bonitos, charmosos e elegantes, mas com muito conforto. E para completar, poder desfrutar da convivência com amigos e ainda se servir do melhor da gastronomia, seja em uma boa cafeteria, no bar com ótimos drinques, ou no restaurante com deliciosa refeição. Bem-vindo à área de entretenimento e convivência.


O restaurante é comandado pela competente e criativa chef Agnes Farkasvölgyi, referência na gastronomia do estado. Nesta edição ela traz o Minéra: uma cozinha mineira criativa, com repertório e frescor, pensada para dialogar com o tempo presente. O restaurante será aberto ao público, sem necessidade de adquirir ingresso para frequentá-lo ao longo do período da mostra. No cardápio, Agnes propõe uma cozinha mineira autoral, sem folclore nem concessões fáceis. Os pratos partem da tradição para experimentar, com leveza, acidez e precisão técnica.


As sobremesas são assinadas por Sá Marina, convidada por Agnes para integrar o projeto. Com o menu As Belas-Artes de Minas em cinco sobremesas, a chef confeiteira apresenta doces-esculturas que conectam arte, sabor e narrativa. Cada criação homenageia uma expressão artística — pintura, poesia, música, escultura e arquitetura — e um artista mineiro. Entre elas, Avoa, inspirada por Milton Nascimento, e Tropeço, que evoca Carlos Drummond de Andrade.


O Terraço Niê participa pela primeira vez do evento ocupando dois ambientes distintos que se conectam pela valorização da arquitetura, da paisagem e da boa mesa: o Niê Tóquio, bar assinado por Mário Caetano, e o Niê Giardino, café criado por Izabella Stambassi.


Ambos os espaços oferecem ao público experiências gastronômicas cuidadosamente pensadas para dialogar com o conceito de cada ambiente. O cardápio do Niê Tóquio, com inspiração asiática contemporânea, é assinado pelo chef Victor Zuliani, o mesmo que comanda a cozinha do Terraço Niê. No café Niê Giardino, o cardápio leva a assinatura de Débora Ignachiti, sócia e padeira da Bagueteria Francesa. A proposta valoriza ingredientes afetivos e preparos artesanais, como broa de fubá com mexerica, pão de queijo com geleia, toasts vegetarianos e rabanadas de brioche com creme ao perfume de laranja — tudo pensado para saborear sem pressa, em sintonia com o ambiente.


O Jardim Elo, de Ariel Teixeira, é carregado de espécies tropicais. O Quintal dos Sonhos, de Cris Zumpano, é um convite a repensar nossa relação com a natureza, com foco na sustentabilidade. E por falar em contemplação, a instalação Solar, de Antônio Grillo, Fernando Pacheco e Hugo Matos, da equipe do curso de Arquitetura e Urbanismo PUC Minas, cria espacialidades sensoriais no pátio interno. O projeto, de autoria de professores do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas, foi desenvolvido e executado com a participação de estudantes, técnicos do curso e funcionários da instituição.


O Jardim (IN)Spira, de Kat Rosa, elege elementos naturais e sensoriais para oferecer um respiro real e simbólico em meio ao cenário urbano. No Chalé Brastemp, de Lívea Esteves, um espaço gourmet funcional, idealizado para receber confrarias, jantares e pequenos encontros ao longo da mostra. No Jardim das Taquaras, Felipe Fontes propõe um conceito naturalista. O Quintal de Dentro, de André Rocha e Tiago Rossi, abriga uma série de espécies frutíferas, com texturas marcantes e uma vegetação. No Niê Tokyo, de Mario Caetano e Marina Lipiani, a proposta é contemplativa e envolvente. Inspirado nas formas básicas usadas na arquitetura modernista, possibilitando uma ocupação disruptiva, com destaque para o balcão em formato de esquadro.


A Varanda Encontro, de Bruna Raid, é um elegante convite à apreciação. O Restaurante Minéra, de Rafaela e Silvana Mertens, da Arca Arquitetos, propõe uma ode às riquezas de Minas Gerais, unindo o gesto de garimpar e valorizar o que temos de mais precioso: o barro, o mineral e a gastronomia.

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