Desfile

BH à Porter

Edição comemorativa revela o crescimento e importância do evento no calendário da moda de BH

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As imagens dos looks de verão reveladas na décima edição do BH à Porter, evento realizado pela Coopermoda, na semana passada, revelam que a silhueta feminina ganha novos contornos percebidos através de elementos presentes em grande parte das coleções das marcas participantes.

Unity Seves
Unity Seves fotos: Studio Jean Assis/divulgação


Entre eles, a alfaiataria ganha importância cada vez maior em função do flerte com as linhas clássicas e com o minimalismo. As formas retas contrastam com assimetrias, volumes e panejamentos em tecidos leves e fluidos. Menos babados, menos bordados, muitos detalhes artesanais estrategicamente colocados, presença do crochê, de franjas, de telas e recortes especiais.


Há dez anos o BH à Porter nascia para incrementar o setor da pronta-entrega por meio da união entre marcas e consultoras de moda e com o objetivo de trazer os compradores a Belo Horizonte. O que no início foi uma catequese para conscientizar os empresários, hoje é percebido como um valor fundamental para azeitar os negócios.


Nessa temporada de lançamentos de verão, 158 clientes de todo o país foram convidados, com passagens aéreas e hospedagem pagas, para conhecer as coleções das 68 marcas participantes, 30 delas agregadas em um salão no Mercure Lourdes, onde os lojistas ficam hospedados, e outras atendendo nos showrooms localizados no bairro do Prado e redondezas.

Visctor Dzenk
Visctor Dzenk Studio Jean Assis/divulgação


“A demanda se tornou muito grande, mas não temos espaço físico no hotel para atender os pedidos que vêm chegando. Além do mais, há todo um processo de curadoria a ser observado em função de garantir o nível do evento”, explica Ivete Maria Dantas, presidente da Coopermoda.


O crescimento confirma a vocação das empresas para as vendas em pronta-entrega. “Depois da pandemia, isto foi se formatando naturalmente, os lojistas não trabalham mais com estoque e priorizam o giro do produto e a possibilidade de repô-lo se houver necessidade”, afirma Eliana Silveira, diretora da cooperativa. O certo é que a feira vem adquirindo, cada vez mais, importância no calendário de lançamentos e no circuito da moda da capital. É a bolsa de negócios mais relevante da cidade nesse modelo.


Outro sinal que o projeto cresceu e vai de vento em popa é a adesão de marcas de outras regiões do Brasil ao salão de negócios. De Natal vêm nomes conceituados, como Bia Souza, com cinco anos de mercado, que já entrou em várias edições do BH à Porter, e cuja coleção homenageia o Rio de Janeiro. “O BH à Porter é bem focado, com clientela bem selecionada, e abriu muitas portas para a gente”, garante a empresária e estilista homônima.


Marcaram presença, ainda, as natalenses Maria Genuíno, com seu trabalho específico no crochê, e a Feel, especializada em bijus minimalistas e retorcidas, que retornaram pela segunda vez à feira, além da estreante Isadora Waick, cujo forte é moda autoral, a estética ateliê, o sob medida.


Também estreante no evento, a Vanilla veio de Fortaleza e apresentou uma alfaiataria de alta gramatura, com assimetrias, detalhes tridimensionais, ferragens em ouro 18 quilates, além de uma laise exclusiva para compor com as peças. “As vendas foram maravilhosas”, ressalta Vládia Cacau, responsável pelo negócio.


Descolados

Entre a prata da casa mineira e promessas jovens e boas, a Lavís também repetiu a participação no BH à Porter renovando a alfaiataria com pepluns, pregas, drapeados, na coleção inspirada na Provença. As peças – vestes, macacões, salopetes, calças com barras em babados e vestidos assimétricos para usar com saias ou bermudas – são bem descoladas.


E a Vila Ida, outra estreante, entregou um trabalho minimalista com base nas fibras naturais, modelagens clássicas recicladas com trabalhos manuais em crochê e bordados pontuais com uma pitada de brilho.
O que quer dizer que o BH à Porter se destaca também por estar se tornando uma plataforma de novos talentos no mercado lado a lado com nomes experimentados, como a UH Premium e sua estética única, traduzindo o étnico com referências indianas, bordados e aplicações.


Em um processo orgânico, o evento está absorvendo também o setor de acessórios, marcas de bijus como Cláudia Marisguia, Lita Raies, Feel; de bolsas, como Celso Afonso e Esthera; e de calçados, como a Marrie Josephine.


Entre as novidades dessa edição comemorativa, a influencer Bella Falconi, considerada musa do fitness, resolveu apostar as fichas na moda sob o viés de uma alfaiataria precisa sim no corte e no acabamento, mas bem dentro da “caixinha” ainda. Uma amostra do trabalho da Le Quo foi mostrada no desfile, outra atração inédita do evento, no qual ela foi mestre de cerimônias.


Produzido pela Coopermoda, com coordenação de Grazi Coelho e Arthur Pontara, o line up contou com nomes já consagrados da moda mineira, como Victor Dzenk, Arte Sacra, Unity Seven, Thamara Capelão, B.Fly, Claudia Rabelo, Mood, Cleo, Caos e Bia Souza. Um grande mosaico das propostas para o próximo verão – que vão dos vestidões soltos e volumosos presos no pescoço ao jeans fashion – e estreou com a promessa de acertos e aprimoramentos para o próximo BH à Porter, que já está marcado para acontecer entre 16 e 20 de março de 2026. 

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