Autenticidade na criação

A designer Sílvia Monteiro conquistou o mercado premium com as bolsas da Isla

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Estande decorado, coleção pronta, vendedoras treinadas, planilhas preparadas. Equipe a postos e, no centro de tudo, está Sílvia Monteiro, impecável, pronta para receber os clientes da Isla.

Os que estão do outro lado da história, tendem a pensar que o cenário surgiu em geração espontânea, mas, aqueles que conhecem a dinâmica do setor da moda, sabem bem que, até chegar naquele momento, várias etapas foram queimadas e processos realizados.


Não existe mágica nesse negócio, como pontua Sílvia, a não ser muito trabalho e criatividade, além de perseverança para crescer em um segmento que muda de produto a cada estação e é norteado pela novidade. A da Isla é o lançamento do seu monograma, na coleção Sirena, marco importante da identidade da marca mineira, que tem investido, cada vez mais, no poder da artesania.

Nesse momento tão simbólico, a designer faz um exercício de memória, relembrando sua história que, a exemplo de outras do mundo fashion, começou de forma espontânea. Não que o território lhe fosse estranho: desde a adolescência, ela dividia a vida de estudante com a de modelo em fábricas ou showrooms de Belo Horizonte, o que lhe trouxe familiaridade com o setor.

Entre passagens pelas faculdades de arquitetura, publicidade e propaganda e administração de empresas, Sílvia encontrou sua vocação na moda de maneira autodidata, intuitiva e orgânica, mas todas as experiências acadêmicas somaram para que se tornasse, não só diretora-criativa da Isla, mas empreendedora e gestora.

“Embora não tenha me formado em arquitetura, passar pelo curso foi importante para aprimorar meu olhar estético, que é base para a criação”, explica. Aliada ao seu bom gosto, a vivência foi relevante para o próximo passo que viria: aceitar o convite para trabalhar com um amigo, cuja mãe tinha uma fábrica de bolsas.

Quando o negócio foi desativado, ela levou a ideia para frente. Criou uma coleção premium para vender para as amigas, no varejo. Esse foi o início da Isla. Não faltou apoio nesse primeiro momento. Entre eles, ela cita os de Zezé Duarte, Georgiana Mascarenhas, da Bárbara Bela, e Janaína Ortiga, da Ortiga.

“A Zezé foi uma referência, uma mentora, me passou informação, me deu direção, me chancelou comercialmente, além de ter me colocado na sua loja, junto com marcas de todo o Brasil e com marcas internacionais, um verdadeiro cartão de visitas para uma iniciante”.


Entre outras fadas madrinhas, Sílvia evoca Beth Faria, dona da Vivaz. “Quando comecei a trabalhar com atacado, ela me incentivou a participar de feiras. Eu vacilei, achando que não teria produção suficiente para atender a demanda, mas ela insistiu, prometeu que me ajudaria na colocação nas melhores multimarcas, relembra. Outra incentivadora foi Patrícia Bonaldi, parceira das primeiras horas que continua até hoje. “Essas mulheres tiveram muito peso na construção da minha trajetória”, salienta.

A designer não esquece também a importância do Minas Trend, uma porta que se abriu para o crescimento da Isla. Enquanto empresas importantes do setor do vestuário debandaram da feira, ela continua fiel ao evento. “Nós crescemos junto com ele, acompanhamos as transformações, tivemos flexibilidade para nos adaptar. O Minas Trend mudou de perfil, mas continua sendo uma oportunidade para o mercado de joias e acessórios”, garante.

Prova disso é a grande movimentação do estande da sua marca, no salão de negócios, no qual clientes devotados absorvem as propostas para cada estação. São eles os mais indicados para comprovarem que há uma linha de continuidade nas criações ao longo do tempo. Matérias-primas como a madrepérola, metais, resinas e cristais estão presentes no segmento dos best sellers do mercado de festas, em novas formas e versões. Assim como a inspiração no fundo do mar.

Após a pandemia, a Isla se reinventou: fortaleceu relações com os fornecedores; reativou parcerias estratégicas; revisitou suas origens e apostou na sustentabilidade. Um dos passos foi a utilização de resíduos têxteis, aproveitando materiais disponíveis no setor têxtil da região, e oferecendo trabalho para mulheres das comunidades locais por meio de capacitação e integração à cadeia produtiva da marca.

A partir daí, o feito à mão ganhou força no desenvolvimento dos produtos por meio do uso das técnicas dos teares, do crochê, das palhas, dos bordados que, misturados entre si, em simbiose criativa, contam histórias atemporais.

Bolsa da isla

Bolsa da isla

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Monograma


Todo esse processo se consolida, agora, com a criação do monograma da Isla. Inspirado na técnica “fatto a mano”, ele foi aplicado em sete modelos da coleção Sirena, apresentados em jacquard e no canvas, nas cores preto e camel. A referência foram os períodos barroco e rococó e a tapeçaria – tradicionalmente presente nas coleções –, que refletem a logomarca. “O monograma é um símbolo de um momento de maturidade e força da marca, representa a nossa essência e autenticidade”.

Nessa trajetória de 17 anos de mercado, Sílvia revela que já são 11 lojas, as duas últimas inauguradas em abril, em Uberlândia, e em São Paulo, no Morumbi Shopping, além da presença em multimarcas de todo o país. O que exige muito de uma mulher empresária, que se desdobra como mãe, e comanda equipes em operações diferentes, além de viajar, constantemente, para o exterior buscando novas referências e conexões.

E que ainda encontra tempo para alimentar seu instagram pessoal, diariamente, com looks especiais, que revelam seu estilo de vestir e viver. “Não me considero uma influencer, mas é a oportunidade de comunicar o que penso e sinto, humanizar a minha marca e exibir suas criações. Surgem também algumas parcerias, mas sempre escolhidas com muito critério”, revela.

thassia naves estrela Campanha do monograma

thassia naves estrela Campanha do monograma

Isla /divulgação

Qual seria o segredo para gerir tantas responsabilidades? “Procuro estar sempre presente naquele momento em que estou vivendo, focar em uma coisa de cada vez. Cada caixinha no seu lugar”. Para a designer, a palavra-chave para transitar em diversas frentes de trabalho e lidar com as pessoas é humildade. “Ela abre portas e nos coloca no papel de eterno aprendiz”.

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