CNU 2025: mulheres terão no mínimo 50% das vagas na 2ª fase
Ministra da da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, explicou que a equiparação será aplicada em cada cota, cargo e especialidade do Enem dos Concursos 2025
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Siga noEm entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (30/6), a ministra da da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, anunciou que a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado adotará uma ação afirmativa para equiparar o percentual de mulheres classificadas para a segunda fase do certame. De acordo com Esther, o mecanismo será adotado quando a aprovação nos cargos for menor que 50%. Ela também assegurou que a equiparação será aplicada em cada cota, cargo e especialidade.
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Segundo ministra, o mecanismo é parecido com o já usado no concurso do Itamaraty para o cargo de diplomatas. Na entrevista a ministra exibiu um exemplo: um cargo hipotético oferta 20 vagas, serão chamados para a prova discursiva 180 — visto que é estabelecido que chame para esta etapa nove vezes o número de vagas. Então, nesse caso, seriam 117 para ampla concorrência (65%) e 63 (35% para cotas). No entanto, se desses 117 de ampla concorrência, 65 forem homens e 52 mulheres, serão chamadas + 13 mulheres, totalizando 65 homens e 65 mulheres.
Conforme explicou a ministra, a ação afirmativa anunciada pelo ministério não se trata de cotas. "Não é uma reserva de vaga para mulheres, como é o caso de pessoas negras, com deficiência, indígenas e quilombolas. Mas vamos fazer uma equiparação do percentual de mulheres que passam da primeira para a segunda etapa", ressaltou a ministra. Ela também frisou que a nota final ponderada é mantida sendo composta pela soma das notas das provas objetiva + discursiva + títulos (quando houver) para todas os inscritos.
De acordo com Esther, a iniciativa surge após a constatação de que, na primeira edição do certame, o percentual de mulheres aprovadas foi significativamente menor que o de candidatas inscritas. Enquanto 56% dos inscritos confirmados eram mulheres, elas representaram apenas 37% dos aprovados. Já os homens, que correspondiam a 44% dos inscritos, ocuparam 63% das vagas.
Políticas de cotas mais robustas
Na ocasião, Esther também informou que foi aplicado no novo CNU o percentual de 30% previsto na nova Lei de Cotas, das quais 25% serão para pessoas negras; 3% para pessoas indígenas; e 2% para pessoas quilombolas. O edital também assegurará a aplicação da cota de 5% para Pessoas com Deficiência (PcD).
O MGI já realizou, na quarta-feira (26/6), um sorteio público para definir a reserva proporcional, conforme determina a norma, para os cargos com número de vagas menor ao mínimo exigido para aplicação das cotas. O resultado já foi disponibilizado na página do certame e foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (30/6).
Inscrições na quarta
O edital de abertura da nova edição do CPNU foi divulgado na segunda-feira (30/6), em edição extra do Diário Oficial da União. O certame ofertará 3.652 vagas para 32 órgãos federais. As oportunidades são para cargos de nível superior e médio, que serão agrupados em nove blocos temáticos.
As inscrições começam na quarta-feira (2/7) e terminam em 20 de julho. A taxa de inscrição, no valor de R$ 70, será igual para todos os cargos. O valor deve ser pago até 21 de julho. Assim como no primeiro CNU, o candidato poderá, por meio de uma única inscrição, concorrer a diversos cargos de um determinado bloco. No ato da inscrição, o candidato deve especificar suas preferências. Interessados poderão se inscrever por meio do site da FGV, banca organizadora do concurso.
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Na primeira edição do CNU, cerca de 63% dos aprovados eram homens e 37%, mulheres. Esse número foi inverso ao dos inscritos confirmados, que era de 56% de mulheres e 44% de homens.