Indústria de bebidas quer barrar controle estatal e aposta em autorregulação

Setor quer barrar retomada de sistema estatal de fiscalização e propõe autorregulação como alternativa

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A indústria de bebidas se mobiliza para evitar que o governo recrie sistemas estatais de controle da produção. Em meio à crise provocada por casos de contaminação por metanol, as empresas defendem um modelo de autorregulação, com troca de informações entre fabricantes, em vez de novas camadas de fiscalização pública.

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As empresas também pedem que o Ministério da Justiça lidere uma frente conjunta com o Executivo e o Congresso para impedir a volta de sistemas considerados onerosos e para coordenar medidas de resposta à crise sanitária. O setor quer participar da elaboração das regras e adotar protocolos próprios de prevenção e rastreabilidade.

Em reunião na segunda-feira, 13, com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), representantes do setor rejeitaram a ideia de retomar equipamentos de monitoramento direto nas linhas de produção. O setor argumenta que já existe um sistema eletrônico em que cada fábrica declara ao Fisco o volume produzido, e que o foco deveria ser aprimorar a checagem desses dados e não ampliar a estrutura de controle.

O metanol, tóxico mesmo em doses baixas, pode causar cegueira e morte. Casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas já deixaram sete mortos e provocaram forte queda na confiança do consumidor. Dados da Scanntech mostram retração de 11% nas vendas de destilados desde 28 de setembro, com queda de 15% na Grande São Paulo. Gin, vodca e uísque foram as categorias mais afetadas.

Procurado pela coluna, o Ministério da Justiça confirmou a reunião e informou que o encontro marcou o início dos trabalhos de um comitê intersetorial para enfrentar a contaminação por metanol.

“A Senacon assumirá o papel de intermediadora, conectando as universidades e a indústria para viabilizar a aplicação dessas tecnologias. Já o setor produtivo se comprometeu a avaliar como os testes podem ser utilizados em larga escala para garantir a segurança e restabelecer a confiança dos consumidores”, finaliza a nota.

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