Governo quer corrigir desequilíbrio de gênero no CNU

Cristina Mori, secretária de Gestão de Pessoas do governo federal, anuncia correções para segunda edição do CNU

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A primeira edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), em 2024, ainda é celebrada dentro do governo como um marco de inovação na seleção para o serviço público. Mas também trouxe aprendizados incômodos. A secretária de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e da Inovação, Cristina Kiomi Mori, reconheceu à coluna que houve uma distorção de gênero no resultado final.

O diagnóstico do ministério, responsável pelo exame, é que, embora 1,2 milhão de mulheres tenham se inscrito na primeira edição do certame — contra 938 mil homens —, o desempenho masculino foi superior na prova discursiva, decisiva para a classificação.

“Entraram muitos homens, isso foi um problema. Tivemos mais mulheres inscritas, mas elas acabaram ficando para trás na etapa discursiva. A prova objetiva exige tempo contínuo e de qualidade para estudo. Muitas mulheres não tiveram essas condições, e isso pesou no resultado final”, analisou Mori.

Diante do desequilíbrio, o governo decidiu adotar mecanismos de correção já no Concurso Nacional Unificado 2, marcado para este ano, estabelecendo que a proporção de homens e mulheres classificados em cada bloco temático será equivalente à proporção de inscritos. O critério de notas será mantido, mas, segundo Mori, a medida deve impedir que distorções como a da primeira edição se repitam. 

“Na classificação final, vai somar quem tiver nota maior, mas não vamos permitir que blocos sejam dominados apenas por homens”, explicou.

A primeira edição do certame atraiu mais de 2,1 milhões de inscritos, com a oferta de 6.640 vagas. Do total de aprovados, 33% entraram por meio de cotas raciais, de renda ou para pessoas com deficiência, o que o governo considera um êxito da política de diversidade.

“Queremos que o concurso seja uma prática perene, que permita ao Estado realizar seleções de forma regular e previsível, sem deixar órgãos anos a fio sem recompor seus quadros. O sucesso da primeira edição foi um cartão de visita, agora precisamos amadurecer o processo”, disse.

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