Exportadores brasileiros mostram como o café movimenta a economia americana
Cecafé mostra a relevância do café na economia americana para tentar reverter a tarifa adicional de 40% para exportação de café do Brasil para os EUA
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Siga noO setor cafeeiro vai usar como argumento a simbiose entre o Brasil e os Estados Unidos para tentar reverter a tarifa adicional de 40% sobre a exportação do grão brasileiro para os Estados Unidos, totalizando uma taxa de 50%.
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“Na relação comercial cafeeira entre EUA e Brasil, as nações são imprescindíveis uma à outra, uma vez que os cafés brasileiros representam uma fatia superior a 30% do mercado cafeeiro norte-americano, sendo o principal fornecedor ao país, ao passo que os EUA respondem por 16% das exportações do produto nacional, sendo o principal destino de nossas exportações”, informou em nota o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O conselho reuniu diversos dados que mostram a relevância do café para a economia americana. Cerca de 76% dos moradores dos Estados Unidos consomem a bebida. Os americanos gastam cerca de US$ 110 bilhões em café e itens relacionados por ano. O produto é responsável por mais de 8% do valor de toda a indústria de serviços alimentícios americana, de acordo com um estudo conduzido pela consultoria Technomic em 2022.
A indústria cafeeira norte-americana sustenta mais de 2,2 milhões de empregos no país, gerando mais de US$ 101 bilhões em salários. Além disso, a cada US$ 1 que os EUA importam de café, são injetados outros US$ 43 na economia americana, fazendo com que o setor movimente US$ 343 bilhões ao ano, montante que representa 1,2% do PIB dos Estados Unidos.
“Diante da relevância do café aos consumidores e à economia norte-americana, entendemos que se faz necessária a revisão da decisão de taxar os cafés do Brasil – ato que implicará elevação desmedida de preços e inflação, uma vez que esses tributos serão repassados à população americana no ato da compra”, afirmou, em nota, o Cecafé.
O Conselho manifestou que seguirá em tratativas com seus pares dos EUA, como a National Coffee Association (NCA), com o intuito de que o produto passe a integrar a lista de exceções elaborada pelo governo americano.
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