PREOCUPAÇÃO

Tarifaço: apenas 37% das exportações de MG estão na lista de isenções

Cálculo foi feito pela Fiemg, que destacou que produtos como o café, as carnes e subprodutos da cana (incluindo açúcar e etanol) seguem penalizados

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Apenas 37% da pauta exportadora de Minas Gerais entrou na lista de isenção do tarifaço das exportações do Brasil para os Estados Unidos.

O cálculo foi feito pela Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), que destacou que outros produtos tradicionais da pauta mineira de exportações, como o café, as carnes, e subprodutos da cana (incluindo açúcar e etanol), seguem penalizados, “comprometendo seriamente a competitividade dessas cadeias produtivas no mercado norte-americano”. 

A entidade que representa o setor industrial mineiro manifestou preocupação com o decreto publicado nesta quarta-feira (30/7) pelo governo americano estabelecendo uma alíquota extra de 40% sobre a maioria dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

  

“Embora o decreto preveja a isenção para 694 produtos totais (de acordo com a classificação norte americana HTSUS) - o que equivale a 43% do valor exportado pelo Brasil (US$ 17,3 bilhões) - alguns dos setores estratégicos para a economia nacional e para Minas Gerais seguem penalizados”, informou em nota a Fiemg.

Mesmo que itens como o petróleo, produtos da metalurgia, aeronaves e equipamentos industriais tenham sido preservados da nova tributação, a Fiemg espera que o governo brasileiro adote medidas diplomáticas urgentes para mitigar os efeitos negativos sobre os setores excluídos da isenção.

“A entidade segue acompanhando com atenção os desdobramentos da medida e seus impactos sobre a indústria mineira. Reforça ainda a necessidade de uma atuação firme do governo federal para negociar com as autoridades norte-americanas um acordo que contemple todos os setores industriais brasileiros exportadores não incluídos entre as exceções, que poderão ser duramente impactados com uma tarifação total que chega a 50%”, defendeu a Fiemg.

No mesmo dia em que o presidente americano Donald Trump assinou o decreto do tarifaço, que já passa a valer a partir de 6 de agosto, a representação do setor industrial em Minas Gerais apresentou um plano emergencial para Romeu Zema (Novo).

Para reduzir os impactos do tarifaço, a Fiemg propôs medidas como a devolução direta dos créditos acumulados de ICMS às empresas exportadoras, uma transação tributária emergencial (com condições especiais para a regularização de débitos de ICMS inscritos ou não na dívida ativa), além de uma flexibilização na área ambiental e dos contratos de fornecimento de energia e gás natural.

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 Ainda nesta quarta-feira, o governador de Minas Gerais anunciou medidas como a disponibilização de R$ 200 milhões em linhas de crédito subsidiadas às empresas exportadoras. O montante será liberado com juros subsidiados de 0,9% ao mês. Além disso, o governador anunciou a monetização de R$ 100 milhões em créditos acumulados de ICMS.

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