Dia das Mães: 46% das empresas mineiras esperam aumento nas vendas
Para atrair mais clientes, os comerciantes devem investir em estratégias como promoções e liquidações
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Siga noPara o Dia das Mães de 2025, 46% das empresas mineiras esperam aumento nas vendas, segundo pesquisa realizada pela Fecomércio MG. O dado revela um otimismo significativo por parte dos empresários em relação à data, considerada a segunda mais importante do varejo nacional.
O número também indica uma confiança maior em comparação ao levantamento do ano passado, quando apenas 31,3% dos empresários esperavam um desempenho melhor nas vendas em relação a 2023.
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Contudo, o número dos que esperam uma redução nas vendas também cresceu, chegando a 19,6%, contra 9,5% em 2024. O receio se deve à situação econômica, ao comportamento mais cauteloso dos consumidores e ao desempenho fraco do primeiro trimestre.
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“Este ano, 78,8% dos empresários do comércio varejista de Minas Gerais esperam que as vendas no período do Dia das Mães sejam iguais ou melhores que as do ano passado. Esse é um resultado muito positivo, visto que, em 2024, já observamos boas vendas. Para aqueles que esperam vendas melhores, a confiança e a esperança, seguidas do valor afetivo da data e do aquecimento do comércio, são os motivos mais apontados", detalha Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.
Em contrapartida, segundo ela, os empresários que esperam vendas piores este ano justificam a expectativa "devido à crise econômica, ao consumidor mais cauteloso, à baixa nas vendas do 1º trimestre e ao alto valor dos produtos".
Desafios
Apesar de não estar muito confiante com as vendas deste ano, a empresária Isabela Felga, de 32 anos, responsável pela PMG Lingerie, que conta com seis lojas espalhadas por Belo Horizonte, apontou o clima quente como um fator que pode dificultar o desempenho no período.
“O inverno ajuda muito a gente a vender para o Dia das Mães. Fica muito mais fácil vender o pijama de inverno porque é um belo presente. Como agora está muito quente, isso dificulta a gente”, afirmou a empresária.
Segundo ela, o ano passado também não foi tão bom, já que os dias frios foram escassos ao longo do ano. O melhor ano foi 2023, quando registrou recorde de vendas.
A data, que é a segunda mais importante do ano para os comerciantes — ficando atrás apenas do Natal —, impacta quase 80% das empresas varejistas do estado. O valor afetivo do período e a tradição de presentear as mães são apontados pelas empresas como a principal esperança para alavancar as vendas.
Mesmo com a perspectiva positiva, o número de comerciantes que fizeram contratações temporárias para atender à demanda do período é menor do que no ano anterior. Apenas 6,9% reforçaram o quadro de funcionários, número que, em 2024, foi de 8,1%.
A previsão é que os gastos fiquem, em média, entre R$ 70 e R$ 200 por pessoa. As vendas de itens como roupas e tecidos devem liderar, representando 59,6% das intenções de compra. Em seguida, os calçados devem alcançar mais de 19%.
Presentes
Perfumaria e cosméticos, que também costumam estar entre os presentes preferidos, apresentam projeções de vendas positivas, com 69,4%. Outros artigos também devem se destacar, como adereços, decoração e utensílios domésticos.
As compras pela internet, que vêm crescendo ao longo dos últimos anos, também devem se destacar nesta data. Mais de 70% das empresas mineiras afirmaram que vão utilizar as redes sociais para aumentar as vendas, priorizando o WhatsApp e o Instagram, usados, respectivamente, por 90,7% e 48,8% dos comerciantes.
Para atrair mais clientes, os comerciantes afirmam que devem apostar em diferentes estratégias. As liquidações e promoções serão adotadas por mais de 26%, como é o caso de Isabela Felga, que vai oferecer brindes e tentar aumentar o número de peças vendidas por atendimento.
“A pessoa está indo buscar um pijama para a mãe, a gente oferece uma calcinha, sutiã, algo desse tipo. Este ano, a gente está com brindes: comprando acima de R$ 399, a pessoa ganha uma capa de óculos. A gente precisa fazer toda essa logística para, ao menos, igualar as vendas do ano passado”, comentou.
Já as propagandas direcionadas devem ser utilizadas por 23,3% dos comerciantes; e o atendimento diferenciado à clientela foi mencionado como estratégia por 14,3%.