Do gabinete para a roça, as plantas e a arte

Publicidade
Carregando...


Servidora do Estado de Minas Gerais há 24 anos, dos quais 20 na função de desembargadora do Tribunal de Justiça, Teresa Cristina da Cunha Peixoto afirma se dedicar com prazer aos afazeres do gabinete, que consomem a maior parte de seu tempo. Nos momentos de folga, porém, a magistrada se divide entre atividades muito diferentes entre si, que ela não considera hobbies, mas pelas quais se diz alucinada. “Eu tenho interesses paralelos, até mesmo porque, se eu não tivesse, acho que explodiria, não é?”, pondera.


Apesar de ter nascido e crescido em Belo Horizonte, a magistrada se dedica, sempre que possível, a duas fazendas voltadas à “engorda” de gado, ambas localizadas em Teófilo Otoni, na Região do Vale do Mucuri. As terras foram compradas pelo avô de Teresa Cristina e, posteriormente, mantidas pelo pai. Por fim, acabaram nas mãos dela e dos irmãos. Desde a infância e a adolescência, a desembargadora passa férias e feriados prolongados nas propriedades rurais. “É o local do meu lazer desde que nasci”, sintetiza.


No campo, a magistrada revive memórias da juventude e dos familiares. “Tenho, na fazenda, recordações que são únicas e pessoais. Em cada canto que vejo e ando, tenho milhões de recordações, e isso faz muito bem ao meu coração”, revela. Uma vez na roça, Teresa Cristina se dedica a uma rotina que inclui montar a cavalo e tocar os bois para o curral. Segundo ela, as práticas rurais não trazem retorno financeiro, mas proporcionam grande prazer. Justamente por isso, a desembargadora se esforça para manter essa tradição até os dias de hoje. “Os anos vão passando, e as coisas vão se tornando um pouco mais difíceis, não só fisicamente, mas também por causa das sucessivas atividades que a gente vai angariando ao longo da vida”, lamenta.


Talvez devido a essa forte ligação com o campo, outra das atividades da magistrada é o cultivo e o estudo de plantas. Nesse caso, por sorte, ela não precisa se deslocar até Teófilo Otoni para desfrutar de tal paixão. No próprio apartamento, em Belo Horizonte, ela cuida de várias plantas. As que mais a fascinam são as ayurvédicas, originárias da Ásia e utilizadas pela tradicional medicina indiana. “O que se busca (na Índia) é o equilíbrio psíquico e físico. Eles fazem muita meditação, mas é tudo com base na questão das plantas e das raízes”, explica.


Além de cultivar as plantas, Teresa Cristina também gosta de estudá-las. O conhecimento vem a partir de pesquisas na internet e, principalmente, de livros de botânica, que ocupam grande parte da biblioteca pessoal da desembargadora. “Os livros são todos escritos, porque eu vou lendo e marcando, fazendo comentários etc.. É um estudo mesmo”, pontua. Esse, aliás, é outro hábito que a magistrada preserva desde a juventude, quando começou a fazer pesquisas sobre o tema na Biblioteca Pública de Belo Horizonte, já fascinada por tudo que envolve folhas, flores e raízes.


Mas os interesses paralelos da magistrada incluem ainda uma terceira temática: antiguidades e obras de arte. Ela tem uma predileção por um objeto vintage inusitado: a polvera, um recipiente usado, em tempos passados, para guardar pó de arroz. A desembargadora tem uma coleção desses itens, vários deles em cristal. Para ela, o fascínio está na trajetória de cada uma das peças. “Aquilo está impregnado com a experiência de tantas pessoas: de quem usou, de quem levou, de quem fez; de quem teve, algum dia na vida, que se dispor daquilo. É essa história que me fascina”, confessa.


Quanto às obras de arte, a predileção da desembargadora é pelas pinturas. Nesse caso, o gosto de Teresa Cristina é mais abrangente, embora ela destaque artistas que viveram em Minas Gerais, como Chanina, Inimá de Paula, Lorenzato, Carlos Bracher e Maria Helena Andrés. Ela, inclusive, visita museus, galerias de arte e exposições sempre que pode. “Queria ser dona de um museu e morar dentro dele”, conclui.

Parceiros Clube A

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay