Bar Bolão: A história por trás do rochedão e outros pratos icônicos
Conheça os sabores que marcaram gerações de belo-horizontinos e transformaram o bar em um patrimônio afetivo da cidade antes de sua despedida
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O anúncio do fechamento do Bar Bolão em seu tradicional endereço no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, marcou o fim de uma era para a gastronomia afetiva da cidade. Por mais de 60 anos, o local foi o ponto de encontro de gerações que buscavam mais do que uma refeição: procuravam o sabor de uma memória, materializado em pratos icônicos como o famoso rochedão.
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Mais do que um simples prato feito, o rochedão era uma instituição. A combinação de arroz soltinho, feijão bem temperado, um bife generoso (de boi ou lombo), ovo frito com a gema mole e uma montanha de batatas fritas crocantes definia o conceito de comida que abraça. O prato era a estrela da madrugada belo-horizontina, o destino certo após shows, festas ou para curar qualquer fome.
Além do seu prato mais famoso, o Bolão também se destacava pelo espaguete à bolonhesa, servido em uma travessa que facilmente alimentava duas ou três pessoas. O molho, robusto e cozido lentamente, e a massa no ponto certo, criaram uma legião de fãs fiéis. Eram pratos sem invenções, focados na qualidade e na fartura, que transformaram o bar em um verdadeiro patrimônio.
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O segredo por trás do sabor
O sucesso dos pratos do Bolão não estava em técnicas complexas, mas na execução primorosa do básico. Para quem deseja entender ou até mesmo se inspirar na cozinha que marcou a cidade, alguns elementos eram fundamentais e podem ser replicados em casa para resgatar essa essência.
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A qualidade do simples: A base de tudo era a escolha de ingredientes frescos e de boa qualidade. O feijão era cozido no dia e o bife, cortado na hora, garantindo suculência e sabor.
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Temperos na medida certa: O segredo estava no equilíbrio. O tempero era presente, mas sem exageros, remetendo à comida caseira que agrada a todos os paladares. Alho, sal e pimenta eram usados com sabedoria.
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A fritura perfeita: Tanto o ovo com a gema mole quanto as batatas fritas, sempre secas e crocantes, eram executados com maestria. A temperatura do óleo e o tempo de fritura eram controlados para garantir o ponto ideal.
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A fartura que acolhe: A generosidade era uma marca registrada. As porções eram pensadas para satisfazer de verdade, transmitindo uma sensação de cuidado e abundância.
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Consistência e tradição: Ir ao Bolão era saber exatamente o que esperar. O sabor e a qualidade eram os mesmos há décadas, criando uma relação de confiança e conforto com o cliente.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.