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O famoso chocolate suíço pode ficar mais barato no Brasil? Entenda

O acordo Mercosul-EFTA promete facilitar a entrada de produtos europeus; veja o que pode mudar nos preços de itens desejados como queijos e chocolates

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Aquele chocolate suíço que parece um luxo na prateleira do supermercado pode, em breve, se tornar mais acessível ao bolso dos brasileiros. A mesma lógica vale para o bacalhau da Noruega e os queijos finos europeus. A promessa vem de um acordo comercial abrangente firmado entre o Mercosul, bloco do qual o Brasil faz parte, e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), que reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

O tratado, assinado após anos de negociação, cria uma vasta zona de livre comércio. Na prática, o objetivo é reduzir ou zerar as tarifas de importação para milhares de produtos trocados entre os dois blocos. Para o consumidor brasileiro, isso significa a chance de encontrar itens importados de alta qualidade com preços mais competitivos, mudando a dinâmica de consumo de diversos produtos.

Como o acordo afeta os preços no Brasil?

O principal mecanismo para a redução de preços é o corte das tarifas de importação. Hoje, um produto europeu que chega ao Brasil paga impostos que podem encarecer significativamente seu valor final. O acordo estabelece um cronograma para que essas taxas sejam progressivamente diminuídas até, em muitos casos, chegarem a zero.

Essa desoneração não será instantânea. O processo é gradual e varia conforme o tipo de produto. Itens considerados mais sensíveis para a indústria nacional podem ter um período de transição mais longo. No entanto, a tendência é de queda nos preços para uma gama variada de mercadorias que fazem parte do desejo de consumo de muitas pessoas.

A lista de produtos beneficiados é extensa e atinge setores importantes. Veja alguns dos itens importados da EFTA que devem sentir o impacto positivo do acordo:

  • Chocolates: A Suíça é mundialmente famosa por seus chocolates. Com a remoção das barreiras tarifárias, o produto pode chegar mais barato e com maior variedade às lojas brasileiras.

  • Queijos: Variedades suíças e norueguesas, como o gruyère e o emmental, hoje consideradas artigos de luxo, tendem a se popularizar com a redução de custos de importação.

  • Pescados: O bacalhau e o salmão da Noruega, que já têm um mercado consolidado no Brasil, podem ter seus preços reduzidos, beneficiando o consumidor final.

  • Máquinas e equipamentos: O acordo também facilita a importação de maquinário de alta tecnologia, o que pode baratear custos de produção para a indústria brasileira e impulsionar a modernização.

  • Produtos farmacêuticos: A Suíça é sede de grandes empresas farmacêuticas. O tratado pode facilitar o acesso a medicamentos e insumos, impactando o setor de saúde.

O que o Brasil ganha com isso?

A relação comercial é uma via de mão dupla. Enquanto os consumidores brasileiros se beneficiam com importados mais baratos, os produtores nacionais ganham acesso facilitado a um dos mercados mais ricos do mundo. Os países da EFTA têm alto poder de compra e representam uma oportunidade valiosa para o agronegócio e a indústria do Brasil.

Produtos brasileiros como carnes, café, soja e suco de laranja passarão a entrar nesses mercados europeus com tarifas menores ou isentas. Isso torna o produto nacional mais competitivo frente a concorrentes de outros países, com potencial para aumentar o volume de exportações e gerar mais receita para o Brasil.

Além do setor agrícola, a indústria também se beneficia. Bens manufaturados brasileiros, como calçados e têxteis, poderão encontrar um novo e importante mercado consumidor. O aumento das exportações estimula a produção, gera empregos e movimenta a economia nacional.

Quando as mudanças começam a valer?

Apesar da assinatura, o acordo ainda precisa percorrer um caminho burocrático para entrar em vigor. Cada país membro, tanto do Mercosul quanto da EFTA, precisa ratificar o tratado em seu respectivo parlamento. Esse é um processo que pode levar tempo, pois envolve debates políticos internos e alinhamento de interesses.

Questões ambientais, por exemplo, costumam ser um ponto de atenção para os parlamentos europeus. A aprovação do acordo muitas vezes está condicionada a garantias de sustentabilidade por parte dos países do Mercosul. Somente após a aprovação por todos os envolvidos é que as regras do livre comércio começarão a ser implementadas.

Portanto, a queda de preços não será imediata. A expectativa é que o processo de ratificação leve alguns anos. Uma vez aprovado, o cronograma de redução de tarifas será iniciado, e os consumidores começarão a sentir os efeitos gradualmente nas gôndolas dos supermercados e no comércio em geral.

O que é o acordo Mercosul-EFTA?

É um tratado de livre comércio entre dois blocos econômicos. De um lado, o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Do outro, a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), composta por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

O objetivo principal é eliminar ou reduzir as barreiras comerciais, como as tarifas de importação, entre os países membros.

Isso facilita a circulação de bens e serviços, com o potencial de aumentar o comércio e o investimento entre as duas regiões.

Quais produtos podem ficar mais baratos no Brasil?

A redução de tarifas de importação deve baratear diversos produtos vindos dos países da EFTA. Os mais conhecidos são os alimentos.

Chocolates e queijos da Suíça, além do bacalhau e do salmão da Noruega, estão entre os itens que podem ter seus preços reduzidos.

O acordo também abrange outros setores, como produtos farmacêuticos, máquinas industriais, relógios e equipamentos de precisão.

A queda de preços será imediata?

Não. A redução de preços não acontecerá da noite para o dia. Primeiro, o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países.

Esse processo pode levar alguns anos. Após a aprovação final, a redução das tarifas será gradual, seguindo um cronograma específico para cada produto.

Alguns itens terão isenção imediata, enquanto outros, mais sensíveis para a indústria local, terão um período de transição mais longo.

O Brasil também se beneficia com o acordo?

Sim. O acordo cria grandes oportunidades para os exportadores brasileiros. Produtos agrícolas, como carnes, café e soja, terão acesso facilitado ao mercado da EFTA.

Esses países têm alto poder aquisitivo, o que representa um mercado valioso. O produto brasileiro se torna mais competitivo com a redução de tarifas.

Além do agronegócio, a indústria nacional, de setores como calçados e têxteis, também pode aumentar suas vendas para a Europa.

Quando o acordo entra em vigor?

Não há uma data definida. A entrada em vigor depende da conclusão do processo de ratificação em todos os países envolvidos.

Em cada nação, o texto do acordo precisa ser analisado e aprovado pelo Poder Legislativo, o que envolve debates políticos.

A expectativa é que esse trâmite dure alguns anos. Somente após a confirmação de todos os membros, as regras começarão a valer.

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