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INVESTIMENTO

Conheça o champanhe de quase R$ 50 mil e o que está por trás de seu preço

Aromas, borbulhas, maturação e singularidade da colheita são alguns fatores que influenciam a qualidade de um champanhe e, consequentemente, seu valor

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Já pensou em navegar pela internet em busca de um vinho, espumante ou champanhe e se deparar com uma unidade à venda por R$ 48 mil? Por mais surpreendente que possa ser, existe uma explicação para esse valor tão elevado.

Dom Pérignon P3 Plenitude Brut de 1975 é o nome dessa joia em forma de bebida, composta por cortes de Chardonnay e Pinot Noir e que está à venda em um marketplace mineiro.

Luisa Fonseca, especialista em champanhe, explica que a produtora da bebida, a Dom Pérignon, é a “linha de prestígio” da Moët&Chandon.

Apesar disso, tratam-se de duas vinícolas separadas. A referência e a fama da produtora podem ser justificadas pela própria história do champanhe. O monge beneditino francês Dom Pierre Pérignon foi um dos principais nomes na história da produção do champanhe, enquanto vivia na abadia de Hautvillers, na região de Champagne, na França. Hoje, seu legado continua por trás da produtora que carrega seu nome.

A qualidade dos produtos já começa pelo leque de opções oferecido. “Dom Pérignon é um champanhe somente vintage, e há os vintages tradicionais e dois outros tipos de vintage, que são o P2 e o P3, Plenitude 2 e Plenitude 3”, afirma Luisa Fonseca. Dessa forma, segundo a especialista, até mesmo o champanhe clássico da marca já apresenta longo tempo de maturação.

Processo de produção e maturação

Um dos processos mais falados na enologia é também um dos diferenciais que justificam o alto valor desse champanhe. A especialista explica que a fermentação da bebida, fase inicial da produção, é rápida, ainda mais se comparada à maturação. “A fermentação em si, que é a formação do álcool, do gás carbônico, é muito rápida e dura alguns dias”, explica.

Depois disso, a borra da levedura, resultado desse processo, fica em contato com a bebida em caves escuras de temperatura controlada, entre 10 e 12 ° C, segundo Fonseca. “Essa levedura em contato com a bebida vai criando as notas mais evoluídas, as notas de panificação, vai desenvolvendo os aromas ali, primários, que vêm da uva, e secundários, que vêm do tempo”, completa a especialista.

No caso da Dom Pérignon, o champanhe P2 fica pelo menos 15 anos em contato com as leveduras, no processo de maturação, enquanto o P3 passa no mínimo 25 anos maturando, de acordo com Fonseca.

Anos depois…

A especialista explica que os champanhes vintage possuem um maior potencial de guarda, embora não seja fresco e seja repleto de borbulhas, como outros tipos da bebida. Isso ocorre, justamente pelos anos, ou melhor, décadas dentro das caves. Portanto, Fonseca explica que o Dom Pérignon P3 Plenitude Brut de 1975 provavelmente tem essa característica. “Vai ser um champanhe que vai ter uma perda significativa do perlage, que são as borbulhas”, comenta.

Além das borbulhas, outros atributos são adquiridos com o tempo de maturação nesse champanhe. “Ele vai ter um tom muito mais âmbar, mais amarelado”, diz a especialista, ressaltando ainda o potencial de guarda dos champanhes Dom Pérignon. “A qualidade é indiscutível, e, para mim, é o champanhe que melhor envelhece”, afirma.

Garrafa de champagne acompanhada de uma case
O Dom Pérignon P3 Plenitude Brut de 1975 é um champagne raro, vendido a 48 mil reais Wine Trader/ Divulgação

A complexidade das notas e aromas também aumenta com a maturação. No caso do Dom Pérignon P3 de 1975, notas de grapefruit, mel floral, avelãs tostadas e especiarias exóticas são sentidas pelo olfato. No paladar, o sabor frutado se mistura a notas de couro novo e pão de gengibre.

Safra de 1975

Assim como todos os champanhes Dom Pérignon, produzidos com colheitas de um ano específico, o P3 de 1975 foi feito a partir da colheita daquele ano. Luisa Fonseca explica que, embora a colheita tenha sido tardia, realizada em outubro, fatores climáticos contribuíram para a qualidade da produção. “Foi uma safra com o verão quente, uma safra muito boa”, afirma.

A especialista destaca ainda o reconhecimento que essa safra especial carrega. "É uma safra muito famosa por ter um potencial de guarda muito alto."

A especialista exalta também a qualidade da acidez na produção de 1975, importante para equilibrar e conservar a bebida.

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A Wine Trader

A Wine Trader é um marketplace com foco em vinhos raros e que reúne as maiores lojas da iguaria do Brasil. Com uma curadoria especializada, oferece um catálogo variado com opções, que vão desde vinhos acessíveis a joias da enologia. Lá, pode ser encontrado o champanhe Dom Pérignon P3 Plenitude Brut de 1975, por exemplo.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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