MC Lan deixa o funk e lança álbum de rock com KoRn e System of a Down
Artista mineiro estreia no rock experimental em álbum conceitual com participações internacionais e temas existenciais
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Conhecido por hits como “Rabetão”, “Open the tcheka” e “Sua amiga vou pegar”, MC Lan inicia agora um dos movimentos mais ousados de sua carreira. Mineiro de Diamantina, ele acaba de lançar “V3NOM Volume 1 – Eclipse”, álbum que marca sua estreia oficial no rock experimental e inaugura uma trilogia conceitual que promete redefinir sua trajetória musical. Nas faixas, ele conta com participações especiais, como John Dolmayan, baterista do System of a Down, e Ra Diaz, baixista do KoRn.
Nas músicas, o cantor transita pelo hard rock, heavy metal, nu metal e rock psicodélico, com forte influência estética dos anos 1960 e 1970. Nas letras, trata de temas humanos e existenciais como identidade, propósito, espiritualidade e ancestralidade.
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O álbum começa em grande estilo, com “ROBOCOP”, faixa em colaboração de John Dolmayan e Criolo, um dos grandes nomes do rap nacional. Ra Diaz, baixista do KoRn, participa de “OZ”; o sueco Bladee, em “DARK MATTER” e “ØPHELIAS II”; o norte-americano Pink Siifu, em “X LIGHT MATTER”; e o brasileiro, em Twin Pumpkin em “SCORPION” e “V DE VINGANÇA”. A produção também conta com nomes como Twisco, compositor de “Timeless”, de The Weeknd.
Embora o rock seja a espinha dorsal do projeto, o artista faz questão de frisar que não renega sua história no funk. O disco flerta com trabalhos anteriores de Lan, trazendo uma sonoridade diferenciada.
“‘Venom’ representa algo que sempre existiu em mim, minha parte mais crua e verdadeira. ‘Eclipse’ simboliza o momento em que essa sombra encontra a luz e finalmente aparece ao mundo”, destacou o artista. Segundo ele, o projeto nasceu após um longo período de silêncio e introspecção, iniciado em 2024, quando anunciou uma pausa na carreira.
Na época, o cantor revelou a pressão que sentia para corresponder às expectativas do público e o desejo de voltar a fazer o que realmente ama. Ele passou anos viajando e buscando autoconhecimento, processo que culminou no novo trabalho. “Eu não queria mais agradar. Queria ser fiel à minha essência”, resumiu.
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À CNN, o artista explicou que o álbum simboliza uma espécie de morte e renascimento. “É literalmente eu matando meu ego para me encontrar. Não é a morte do funk, é o antigo dando espaço para o novo”, declarou. Ele também revelou que esse período foi marcado por uma forte conexão espiritual. “Foi a época que mais conversei com Ogum e Iansã. Isso me ajudou a entender quem eu sou”, frisou.