Ilvio Amaral e Maurício Canguçu estreiam "Colisão" no CCBB-BH
Peça, que transita entre humor e drama, segue em cartaz de hoje (18/9) a 29 de setembro. Texto aborda conflitos geracionais entre pai e filho
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Siga noEm meio a conflitos geracionais, reencontro entre pai e filho e amor, o espetáculo “Colisão” estreia nesta quinta-feira (18/9), no CCBB-BH. Com texto de Renata Mizrahi e direção de Guilherme Leme Garcia, a montagem é protagonizada por Ilvio Amaral, Maurício Canguçu e Lucas Barbosa. A peça convida o público a refletir sobre a profundidade de relações humanas, mesclando humor e drama.
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A trama gira em torno de Francisco (Ilvio Amaral), um ator de meia-idade, e o filho, Pedro (Lucas Barbosa), de 24 anos, que volta a morar com o pai após o falecimento da mãe. O relacionamento entre os dois enfrenta as dores daquilo que não foi dito, do afeto que não foi expressado e das divergências de pensamentos e ideais de vida.
Em meio a relação familiar, há Fernando (Maurício Canguçu), fã e vizinho de Francisco, que também vivencia mudanças em sua rotina após a chegada de Pedro. “O ‘Colisão’ é uma história de colisões de sentimentos”, afirma Canguçu.
“É uma homenagem ao teatro também. Acho que a peça faz uma homenagem aos atores de teatro, além de contar essa relação de pai, filho e amigo”, acrescenta Ilvio Amaral.
A parceria entre Ilvio e Maurício com o diretor Guilherme Leme é de longa data. Essa é a terceira parceria entre eles, sucedendo as peças “Idade da ameixa” e “Sem vergonhas”.
“Ele é um cara muito talentoso, tem uma direção muito colorida. Por mais sépia que seja a direção, ele colore e faz um espetáculo bonito. Ele sabe fazer uma direção que, além de brilhante, é muito bonita”, afirma Ilvio.
Expectativa
Os atores encerraram uma longa temporada com o espetáculo “Maio, antes que você me esqueça”, montagem que foi sucesso de público e crítica. Para Ilvio, mesmo com tantas peças no currículo, a estreia sempre gera expectativa.
“Acho que terá uma cobrança muito grande para mim e Maurício agora com o novo espetáculo. Quando somos muito elogiados em um trabalho e iniciamos um novo, estamos colocando nossa cara a tapa. Fiquei muito nervoso para achar o personagem e conseguir me conectar com ele.”
Para os atores, a peça transmite a mensagem de que “nada é definitivo”. Como exemplo, eles citam os conflitos geracionais enfrentados por pai e filho durante a trama. Francisco, um ator reconhecido e bem-sucedido, lida com as dificuldades de aceitar sugestões do filho.
Pedro, jovem e com carreira inicial, mantém as opiniões, mesmo que diferentes das do pai. “Ele resolve ouvir o filho, faz como ele sugere e também é certo. Então, acho que fala disso, de que nada está estabelecido, tudo pode ser feito de várias formas”, afirma Maurício.
Companheirismo
“A peça também fala de amor, amizade e companheirismo. Então, é tão interessante quando você vê que o companheirismo é para tudo”, diz Ilvio.
Maurício também ressalta o companheirismo e o amor presentes no personagem Fernando. “É um exemplo. Ele ama o Chico, aquele ator que ele mora do lado, incondicionalmente sobre todos os aspectos e é um amor para tudo. Cozinha se precisar, ou comprar algo na rua, dar ombro para chorar, é uma relação de amizade mesmo. Uma amizade tensa, que tem um contexto tenso, mas que é muito forte e muito bonita.”
“Colisão” segue em cartaz no CCBB-BH até 29 de setembro. Após, o espetáculo passa pelo Teatro Raul Belém Machado, seguido de apresentações no Cine Theatro Brasil e no Feluma.
“COLISÃO”
Com direção de Guilherme Leme e estrelada por Ilvio Amaral, Maurício Canguçu e Lucas Barbosa. Em cartaz no Teatro II do CCBB-BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários), de hoje (18/9) a 29 de setembro, com apresentações de quinta a segunda-feira, às 19h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda pelo https://ccbb.com.br/belo-horizonte/ e na bilheteria local.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro