Samuca e a Selva celebra 10 anos de história neste sábado (5/7), em BH
Banda paulista divide a noite com Curumin, na Autêntica, e convida todo mundo para dançar no show 'Uma história de pélvis solta'
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Siga noMúsica legitimamente brasileira e latino-americana. É assim que Samuel Samuca define a sonoridade da big band que lidera, Samuca e a Selva. O grupo chega a Belo Horizonte neste sábado (5/7) para fazer show na Autêntica.
Faz exatamente um ano desde a última passagem da banda por aqui, também na mesma casa de shows, no Bairro Santa Efigênia. A apresentação deste sábado celebra os 10 anos de história do grupo, que iniciou as comemorações ainda no fim do ano passado com o lançamento de “Summer love – o verão dos amantes”, composto inteiramente por faixas românticas.
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A banda se uniu pela primeira vez em outubro de 2014 e, naquele mesmo ano, realizou dois shows.
“A Selva nasce do meu encontro com o Rodolfo Lacerda, que foi empresário por muitos anos e me apresentou a esses músicos. O Victor Fão, que era o trombonista, montou a banda”, conta Samuel.
Mas foi em 2015 que a coisa aconteceu “de verdade”, quando o grupo passou a se apresentar na cena de música independente de São Paulo. O primeiro disco, “Madurar”, veio um ano depois, com sucessos que consolidaram ainda mais a identidade da banda, como “Flores raras” e “Detergente”.
“No momento em que está super difícil manter uma banda – que dirá uma banda com tanta gente –, a gente segue aqui, resistindo e acreditando nesse formato, nessa tradição. Uma característica muito marcante dos dias de hoje, que é a solidificação do artístico. A gente vê muito mais artistas solo do que artistas banda”, destaca o vocalista, que conversou com o Estado de Minas por chamada de vídeo enquanto o grupo ensaiava no estúdio ao lado. “Ensaiamos religiosamente uma vez por semana há 10 anos”, conta.
Samuca é do tipo que ouve de tudo e essa mistura se reflete na música da banda. Afrobeat, baião, funk, jazz, tudo entra no caldeirão sonoro da Selva.
“Sou um caleidoscópio de referências musicais. Nunca tive necessariamente um gênero favorito. Enquanto meus amigos montavam bandas de rock, eu tinha uma banda de forró aos 13 anos. A Selva foi a minha saída para essa mistura toda”, conta.
Orquestra Tabajara e Vitória Régia
A banda presta reverência às formações que vieram antes e ajudaram a subverter o modelo tradicional das big bands. Moacir Santos, Letieres Leite, Orquestra Tabajara e Vitória Régia com Tim Maia são algumas referências. “A gente quer pensar o novo, mas também manter viva a tradição dessas grandes bandas brasileiras”, afirma.
A turnê começou em 6 de junho, no Sesc Pompeia, e já tem datas confirmadas até o fim de outubro. Mas, segundo Samuel, a comemoração deve se estender até o ano que vem.
Com título irreverente, “Uma história de pélvis solta”, o show foi pensado como viagem no tempo. “A gente quer exaltar nossa caminhada, cheia de lutas, suor e de vitórias também”, diz. A apresentação percorre toda a discografia da banda, em ordem cronológica.
Para isso, foi preciso fazer a concessão de deixar de fora as faixas do álbum “Tudo que move é sagrado”, em que a banda interpreta canções de Ronaldo Bastos, letrista do Clube da Esquina. “Ainda que essas músicas sejam parte fundamental da nossa história, optamos por não incluí-las, também como forma de exaltar a nossa caneta, as composições autorais”, afirma.
Mais do que retrospectiva sonora, o show é também um convite ao corpo, um chamado para dançar, se soltar e deixar as amarras do dia a dia de lado. “A gente trabalha no lugar da desrepressão. Queremos que as pessoas se livrem das angústias, mexam o esqueleto, soltem a cintura”, diz ele.
Em BH, a Selva divide o palco com Curumin. “Um mestre, referência pra gente. Quando começamos, ele já estava fazendo um trabalho maravilhoso. É uma tremenda honra dividir a noite com um artista desse quilate”, elogia Samuel e deixa o recado: “As pessoas não vão se arrepender de ir lá dançar com a gente.”
SAMUCA E A SELVA
Turnê “Uma história de pélvis solta”, em comemoração aos 10 anos da banda. Show neste sábado (5/7), às 21h, na Autêntica (Rua Álvares Maciel, 312 Santa Efigênia). Ingressos: R$ 50 (pista) e R$ 80 (mezanino), à venda na plataforma Sympla.
OUTROS SHOWS
>>> BLUES NA MONKA
O som do blues de Chicago desembarca em Belo Horizonte nesta sexta-feira (4/7), com apresentação da cantora norte-americana Laretha Weathersby, acompanhada pela Bruno Marques Band, na Monka Cervejaria (Rua Nossa Senhora de Lourdes, 111, Olhos D’Água), a partir das 19h. No repertório, clássicos do blues, soul e R&B, além de canções autorais. Ingressos à venda pelo Sympla, a R$ 65.
>>> TRIBUTO AOS BEATLES
O grupo Beatles Abbey Road apresenta nesta sexta-feira (4/7), às 20h, no Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes), espetáculo cênico-musical que recria a trajetória de uma das maiores bandas pop de todos os tempos. Ingressos à venda na bilheteria do teatro e pela Sympla. Inteira: R$ 140 (plateia 1) e R$ 120 (plateia 2)